A Dama e o Unicórnio

Após os sucessos de Moça com Brinco de Pérola (que ficou por 50 semanas entre os mais vendidos nos EUA e já vendeu 20 mil exemplares no Brasil) e Anjos Caídos, Tracy Chevalier, ao combinar História e muita imaginação, continua a encantar seus leitores com os mistérios por trás das grandes obras de arte. Paris, 1490. O nobre Jean Le Viste contrata o carismático e talentoso, porém ambicioso, miniaturista Nicolas des Innocents para desenhar seis tapeçarias comemorativas de sua ascensão na Corte. Ao conseguir convencer seu patrono a trocar o tema original da obra - a representação da sangrenta Batalha de Nancy - por um conjunto de imagens representando os cinco sentidos, Nicolas dá início a um projeto grandioso que poderá levar à glória ou à decadência. Enquanto isso, o artista encanta-se pela belíssima filha de La Viste e passa a conhecer intimamente todos os padrões e texturas de um mundo de tentações e frágeis relações. Enquanto A Dama e o Unicórnio é uma rica e intrigante história sobre a paixão e o preço de uma criação artística, a literatura tecida por Tracy Chevalier é a prova de que as obras de arte nunca perdem seu poder: seguem continuamente inspirando vidas e outras formas de arte através dos séculos.

Apesar da história ser pura ficção, o livro tem o mesmo nome do conjunto de tapeçarias que atualmente se encontram no Museu da Idade Média, em Paris. São as famosas tapeçarias La Dame à la Licorne que são consideradas como um dos grandes trabalhos da arte medieval na Europa. A temática do livro é totalmente inspirada na arte dessas tapeçarias da idade média, onde a autora Tracy Chevalier propõe uma ficção bastante sensual e casual.


O ponto enfático para mim é a exploração do tema da tapeçaria que representa cada uma delas, os nossos cinco sentidos, que em cada capítulo são manipulados por cada personagem. Vários deles descrevem com "os seus olhos" a sua versão da história, tornando ao meu modo de ver uma história inteligente, que até chega a ser interessante. Mas que resulta somente num comprometimento casual... O que para mim sinceramente foi uma pena, pois a cada página me via cada vez menos cativada com seus personagens. Acredito ter sido proposital esse total descomprometimento e comportamento anexando a obra La Dame à la Licorne aos seus personagens.

Em suma, A Dama e o Unicórnio, é uma leitura agradável, com uma referência histórica e artística interessante. Com uma leitura rápida, que nos prende realmente a atenção até o final. Destacando também os pormenores _ como as diferenças entre os membros das diversas classes sociais, o papel e as diferenças das mulheres da França e Bélgica do final da Idade Média, a interação entre a arte e a política, e, acima de tudo, a criação de arte, as nomeadas tapeçarias e como elas diferem da pintura.


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10 comentários:

Aline disse...

Pelo que li, esse livro tem a mesma temática do livro O Sétimo Unicórnio, da Kelly Jones, que é esse conjunto de tapeçarias... Esse outro, eu li, mas achei fraco. Comentarei em outra oportunidade. Lili, obrigada pelo comentário!

Driza disse...

Lili,
Dessa autora eu li O Azul da Virgem. Adorei! Uma viagem fantástica. Ela escreve duas histórias com cinco séculos de diferença, e lá pro meio do livro, as histórias se tornam uma só e levam a um defecho de tirar o fôlego. Se puder leia.
bjs

lili disse...

Obrigada pela visita meninas :)

Aline, vou ficar longe desse livro rs

Puxa Driza, devia então ter comprado esse que vc citou!!!
Tinha me esquecido, devia ter anotado.
A dama e o unicórnio não me convenceu. Achei muito impessoal, não senti afinidade pelos personagens :(
Mas, tem muita gente falando bem desse livro, de repente foi comigo mesmo o problema.

Ah, depois que li Juliet Marillier nada mais me fascina :(

Por falar nela, estou devorando A Dança da Floresta :)

Beijinhos meninas!!

Vivi disse...

Já ouvi falar muito bem desse livro. Só que a temática não me apetece.

Beijos

Driza disse...

Lili,

eu sei de um livro que vc iria amar. É bem forte no seu conteúdo, com romance e uma trama linda.
Se puder leia CAIM E ABEL (não tem nada de religião, muita gente acha que é bíblico, mas garanto que não). O autor é Jeffrey Archer.
Não tem nada a ver com o estilo Juliet Marillier, mas vai sanar sua ânsia por livros maravilhosos.
bjs

Driza

lili disse...

Oi Driza, nossa muito obrigada pela indicação _ CAIM E ABEL. Achei ele em ebook :)
Vai ser um dos próximos de minha leitura então. Depois comento no Blog!!

Bjs

Driza disse...

Legal, Lili...
Tomara mesmo que vc goste!!
Ai meus sais...
bjs

lili disse...

Eu li a sinopse de Caim e Abel e achei bastante intrigante! Aguçou minha curiosidade Driza. Vou ler ;)

Obrigada de novo...

Driza disse...

Lili,
aquela sinopse não conta nem a metade...
Leia sim!
bj

mariana disse...

Confundi esse livro com O Sétimo Unicórnio!Na duvida, lerei os dois!

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