Guerreiro do Vento – Janelle Taylor




Normalmente eu não gosto de histórias com índios. Quando o mocinho E a mocinha são índios aí fica ainda pior, porque não tem aquele impasse de raças diferentes (mim Tarzan e você Jane). Mas eu gostei do nome. Guerreiro é uma palavra forte e muito chamativa e eu fiquei curiosa com o Vento.

O mocinho é Waci Tate, ou melhor, Guerreiro do Vento, enquanto a mocinha é Chumani, ou melhor, Gota de Orvalho. Eles tem histórias semelhantes e são de tribos diferentes. Os dois perderam seus companheiros e filhos durante o ataque de uma outra tribo, são filhos do chefe da tribo, são guerreiros e não estavam apaixonados por seus consortes. O índio que matou suas famílias na verdade é o mesmo. Então eles tem um mesmo objetivo na vida.

Os pajés de suas tribos tem visões semelhantes e acreditam que a união dos dois será benéfica a ambas as tribos. Eles são obedientes (e intimamente já se sentem atraídos um pelo outro) e se casam. Então iniciam a missão que o Criador tem para eles: salvar suas tribos dos índios inimigos e dos homens brancos.

Eu gostei da história. Os dois são um casal bem bonitinho e que se ama desde o início. Tem uma trama bem elaborada com a missão que eles devem realizar para salvar suas aldeias, tem uma índia ciumenta que sabota eles no início e tem até um casal de amigos que forma um par bem bonitinho também. Tem briga, ação, romance muiiiiiito romântico (ele é muito respeitador), tem mistério e tem um desfecho lindo.

Não sei se estou em uma fase exigente, mas mesmo gostando bastante da história eu esperava mais ação na hora do romance. No resto da história tem bastante ação mas entre eles não é hot... é mais morno para esquentando.

Bom romance para aqueles dias em que você precisa de muito amor no coração.


Um trechinho:

— Quando participamos da cerimônia de união na minha aldeia, eu não o conhecia e queria que nos tornássemos mais próximos antes de nos unirmos sobre a esteira de dormir; nas nove luas que se passaram desde então, aprendemos muito a respeito um do outro e nos tomamos amigos. Eu também temia me deitar com você como sua esposa, pois não era bom com Besouro Vagaroso na esteira de dormir; agora, acho que entre nós não será como foi com ele.
— Não se preocupe, Gota de Orvalho, não vou machucá-la nem afrontá-la. Tenho no coração muitos sentimentos bons e fortes por você, coisas que eu não sentia pela minha primeira esposa.
— Sei que o que sentimos é forte e especial, pois o Grande Espírito nos pôs lado a lado. Com o passar do tempo, estou certa de que colocará um grande amor no nosso coração, agora que o desejo já existe nos nossos corpos.
— Isso é certo e verdadeiro, mitawin.
Chumani saboreava o carinho que ele fazia em seu rosto. Sabia que alguma força maligna poderia separá-los a qualquer momento, por isso se sentia compelida a tê-lo junto de si por todo o tempo em que caminhassem pela face da Mãe Natureza e respirassem o ar do Grande Espírito. Precisavam se unir num só ser antes que mais trapaças ocorressem e colocassem entre ambos uma distância que mais tarde poderia se tomar intrans ponível.
— Você manteve sua palavra e foi paciente, mihigna — ela disse num fio de voz. — Quando estiver pronto a se deitar comigo, eu estarei pronta para me deitar com você.
— Isso quer dizer esta lua? — Ele mal podia acreditar no que ouvira. — Aqui? Agora?
— Sim. É hora de nos tomarmos companheiros além das palavras proferidas ante nossos povos.

7 comentários:

Érica Ferro disse...

Ah, nunca li nenhum romance com 'índios'.
Seria uma boa experiência.

Beijo, meninas.

Anônimo disse...

Eu ia dizer que adorei a resenha, que não curto muito histórias com índios e tal... e na verdade eu gostei e achei tudo isso.

Mas essa passagem que vc transcreveu me fez perder o respeito:

"não era bom com Besouro Vagaroso na esteira de dormir;"

Hahahahaha como assim gente? Como levar a sério um marido com esse nome? Desculpa Medéia, mas eu não resisti às risadas.

Enfim. Ainda assim, entre risos, eu digo que gostei muito da resnha e que o livro parece ser mesmo uma daquelas histórias muito ternas. Beijos!

Medéia (Carlena) disse...

Eu ri tbém com o nome do 1º marido da mocinha... eh eh eh

Adriana disse...

Medéia!

Eu amo histórias com índios, e essa parece bem legal, e bem pouco parecida com as básicas de pele branca x pele vermelha...gostei!

Esses livrinhos divertem!

GabiB. disse...

adorei o Besouro Vagaroso! euri!

a história deve ser bem interessante! tb nunca li nada con ídios e acho que pode ser legal!

;**

Driza disse...

Oi Medéia,

histórias de índios sugerem batalhas, mortes, sangue... tenho um pé atrás.
E se o romance não é tão quente, então... não, melhor deixar de lado.

bjs, parabéns pelo comentário!

Jeanne Rodrigues disse...

Medeia,

eu estive com esse livro algum tempo, mas nao li.

Seu comentário fez com que eu me interessasse novamente.

Bjos,

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