Havia uma parte em Lanny que queria ser punida. Um pedaço
de seu coração que acreditava que ela merecia o horror de ser imortal, a
tristeza de ver todos aqueles que amara partirem, enquanto ela só podia conviver
com as perdas e as lembranças. Terríveis e solitárias lembranças. Este “dom”,
oferecido pelo mais malvado dos homens, Adair, era, para ela, a resposta a uma
pena que ela deveria cumprir.
Mas, apesar das culpas e do castigo que pensava merecer,
ela ainda sonhava. E esperava ser redimida por ter dado a Jonathan — seu grande
amor — o esquecimento que purifica todo ser de sua dor: a morte.
No entanto, bem no fundo de sua alma, ela suspeitava que,
fosse o que fosse que a atraísse para Adair (e para sua maldade), fosse qual
fosse o infeliz sentimento que os aproximara, este sentimento não fora
totalmente exorcizado.
Não importava que ela tivesse chegado ao cúmulo de
emparedar aquele homem mau e deixá-lo para apodrecer, não importava que o tempo
tivesse passado, nem que, hoje, ela pudesse contar com o apoio e os braços
fortes e acolhedores de Luke... Adair estava por perto, ela podia senti-lo, e
seu poder era inexorável.
“Este é o segundo livro da trilogia de Alma Katsu, que
começou com o bem recebido Ladrão de Almas. Esta sequência mantém-se fiel ao
primeiro título da autora...” --Publishers Weekly
Essa trilogia está sendo uma grata surpresa! Os dois livros
prenderam muito a minha atenção e me fizeram passar por sentimentos e sensações
muito intensas e contraditórias, como os personagens!
Adair finalmente conseguiu sair de sua prisão. Duzentos anos se
passaram e ele se vê num mundo totalmente diferente no que viveu e descobre que
tudo o que sempre teve e acumulou durantes os longos anos de sua existência está
perdido para ele. Um homem tendo de reaprender a viver no mundo é algo tão
incrível que a gente quase se esquece do homem cruel e inteligente que
conhecemos no primeiro livro... Quase, porque convenhamos, estamos falando de
Adair...
Óbvio que Lanore sente o minuto em que Adair fica livre. E
assim começa um jogo de gato e rato onde um busca uma forma de prejudicar o
outro! Adair quer encontrar Lanore, enquanto Lanore quer se esconder de Adair.
Com bons motivos, claro!
Adair me conquistou completamente! Confesso que estou até meio
apaixonada por ele, pois ele é um personagem super complexo: cruel, impaciente,
vilão, mas ao mesmo tempo ele é sensível, apaixonado, meio perdido... Nada é
certo com Adair visto que as ações dele são completamente imprevisíveis!
Acho que a autora foi feliz no modo em que resolveu trazer a
narração: terceira pessoa para Adair, primeira pessoa para Lanore. Assim, nós
leitores tivemos um melhor entendimento de Adair, um entendimento que Lanore não
possui e isso faz com que a nossa compreensão e compaixão e, por que não, medo
vá aumentando no decorrer da trama. O suspense e a ação vão num crescendo que
prende a atenção completamente e o final já nos deixa ansiosos pelo próximo
volume, que ainda nem foi lançado – vai sair nos EUA em Janeiro/2014. Espero que
Novo Conceito não demore com a tradução!
Uma trilogia simplesmente imperdível!
3 comentários:
Oi Regina! Eu não conhecia nenhum dos livros e vou lhe dizer, sua resenha me deu muita vontade de ler e me envolver nessa história, estranhamente gostei de Adair e quero ver por conta propria se vou também meio que me apaixonar ahaha tá parecendo =x
um abraço!
Pan
http://pansmind.blogspot.com.br
Olá Rê,
ainda não li o primeiro (minha pilha está imensa), mas, tenho que lê-lo logo, adoro um personagem em que amamos e odiamos, e esse Adair, parece que também me deixará caidinha por ele (rsrsrs). Gostei abessa da sua resenha. Bjs!
Sou viciada em leitura, mas tenho que confessar, muitos livros estou conhecendo com vocês. Adorei sua resenha, fiquei com vontade de ler o livro! Empolgante!
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