Dentro da ótima safra de romances históricos que finalmente estão desembarcando no Brasil, a Arqueiro traz as obras de Madeline Hunter. Eu ainda não conhecia a autora. Lendo o primeiro livro publicado e, agora, o segundo título, virei fã.
Essa é a história de Phaedra Blair e o irresistível Elliot Rothwell. Filha da excêntrica Artemis Blair, Phaedra herdou a personalidade e os hábitos da mãe. Independente, corajosa e ousada, ela está sempre envolvida em confusões, especialmente uma confusão que pode manchar o nome do pai de Elliot.
Elliot recebeu uma missão de seu irmão. Procurar Phaedra e resgatar algumas anotações que revelam o passado do pai deles. Ela pretende publicar um livro, por isso, não vai facilitar em nada o acesso da família Rothwell às memórias em seu poder. Atraído pela beleza explosiva da jovem, o lorde não vê outra saída senão seduzi-la até que lhe entregue as páginas. Mas, Phaedra tem seus motivos para querer que o livro seja publicado.
A autora é firme em defender a independência de sua personagem principal. Phaedra está sempre confusa entre o racional e o emocional. Em muitos momentos, ela não sabe o que quer. Elliot, mesmo sério e taciturno, é dono de uma paciência sem fim, pois está sempre resgatando Phaedra de suas impulsivas confusões e tentando atingir seu duro coração.
O único “porém” desse livro é um pouco de enrolação desnecessária. Achei que o casal ficou dando muitas voltas, completamente perdidos, sem muita cumplicidade. Também imaginei um livro mais leve e sensual, pela
natureza livre que a mocinha insiste em pregar. Não senti muita empatia por Phaedra e é um pouquinho irritante sua vontade de se afirmar como mulher inteligente, capaz de fazer tudo por si,e ao mesmo tempo, se prender à vontade de seu pai em publicar o livro. Isso não é ser completamente livre. Elliot salva todo o livro. É a parte emocional e racional desse casal conturbado. E, ao mesmo tempo, consegue se apaixonar essa mulher tão diferente, mesmo com todas as dificuldades que enfrenta, principalmente a resistência de Phaedra.
O livro ganhou vários prêmios no exterior. É um histórico sério, de atmosfera dramática. Recomendo para quem quer torcer por um casal e ainda decifrar mistérios na época da Regência.
2 comentários:
Parece bem interessante! Pena que estou numa fase contemporânea agora, mas anotando na lista de desejados.
bjs
Olá Aline,
gostei muito da sua resenha, e com certeza, tem umas mocinhas, que é difícil torcer por elas, e quem salva o livro é o mocinho. Com isso, colocarei o livro na minha lista de desejados, pois, gosto muito de um drama, mas, sem pressa. Bjs!
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