A
Improvável história de como uma filha ilegítima do Papa Júlio II tornou-se a
mulher mais poderosa de Roma em pleno Renascimento.
Felícia della Rovere viu
Michelangelo pintar o teto da Capela Sistina, assistiu a seu pai, o papa Júlio
II, fundar a nova Igreja de São Pedro e foi imortalizada por Rafael nos
afrescos dos apartamentos do Palácio do Vaticano.
Mas Felícia não era uma simples
espectadora reservada. Espantosamente destemida e franca para uma mulher de sua
época, não tinha medo de desafiar um pai que inspirava temor nos fiéis,
escandalizou a corte vaticana ao rejeitar nada menos do que cinco maridos e,
quando se tornou regente, rechaçou todas as tentativas de interferência em seu
governo, empenhando-se em uma disputa acirrada com seu enteado, que culminou em
assassinato.
Ao evocar os tempos turbulentos e
criativos do Renascimento italiano, Caroline P. Murphy retrata uma heroína
ainda desconhecida e fascinante.
A Filha do Papa nos apresenta Felícia Della Rovere que foi
à filha ilegítima do Papa Júlio II com Lucrezia Normanni, filha de uma nobre
família romana. Felícia era conhecida como a Madonna Felice e foi uma
das mulheres mais poderosas da Itália, na época do Renascimento. Felícia se
casou aos 14 anos, e ficou viúva pouco tempo depois.
Felícia recusou vários
casamentos arranjados por seu pai Júlio II, mas enfim, depois de alguns anos
ela concordou em se casar com Gian Giordano Orsini (mais de 20 anos mais velho
que ela) com 23 anos de idade. Mas, o seu pai não compareceu às suas núpcias, o
que evidenciava a diferença no tratamento de Júlio II em relação a sua filha, e
o Papa anterior que idolatrava a sua filha Lucrezia Borgia.
Este livro é totalmente baseado
em documentos históricos e registros financeiros que ilustra a influência
considerável de Felícia Della Rovere não somente sobre Júlio II, mas também aos
seus sucessores Médicis, o Papa Leão X e o Papa Clemente VII, embora não ao papa holandês Adriano VI.
Com a morte de seu marido Gian
Giordano, Felice assumiu o controle dos amplos ativos financeiros de Orsini
aumentando assim a rivalidade de longa data entre o seu filho Girolamo Orsini e
seu enteado, Napoleone Orsini.
Em uma época em que as mulheres
não eram consideradas cidadães, a importância de Felícia Della Rovere é
extremamente importante para as mulheres, pois, ela usou a seu favor ser filha
de um Papa se destacando nos negócios, tornando-se importante para muito homens
poderosos o seu conhecimento.
Felícia Della Rovere preencheu de fato "o papel que ela sabia
que teria sido dela se tivesse nascido menino.” E para quem gosta de livros
históricos, A Filha de um Papa é um
achado, pois nos apresenta a época do Renascimento sob a ótica de uma mulher
poderosa, com uma riqueza de detalhes baseados em uma extensa pesquisa
histórica de acordo com a autora Murphy.
1 comentários:
Paty,
Estava ansiosa pela sua resenha! Adoro livros históricos, com fatos reais. Quero ler.
Bj
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