Durante mil anos a existência dela foi negada – Papisa Joana, a mulher que se disfarçou de homem e chegou a governar a Cristandade por dois anos. Agora, este eletrizante romance dá vida nova à lenda, com o retrato de uma mulher inesquecível, que luta contra as restrições que a sua alma não pode aceitar.
Quando o seu irmão mais velho é morto durante um ataque viquingue, a jovem e brilhante Joana assume a identidade dele e ingressa num mosteiro beneditino, onde, sob o nome de João Ânglico, se destaca como intelectual e médica. Eventualmente levada a Roma, ela rapidamente se vê emaranhada numa perigosa rede de paixões e interesses políticos poderosos, que ameaça a sua vida ao mesmo tempo em que a eleva ao mais glorioso trono do mundo ocidental.
Quando o seu irmão mais velho é morto durante um ataque viquingue, a jovem e brilhante Joana assume a identidade dele e ingressa num mosteiro beneditino, onde, sob o nome de João Ânglico, se destaca como intelectual e médica. Eventualmente levada a Roma, ela rapidamente se vê emaranhada numa perigosa rede de paixões e interesses políticos poderosos, que ameaça a sua vida ao mesmo tempo em que a eleva ao mais glorioso trono do mundo ocidental.
Ano de 814. No mesmo dia da morte do lendário Carlos Magno, nascia na aldeia de Ingelheim a única mulher da História destinada a ser papa: Joana.
Era a Idade das Trevas, uma época brutal, de ignorância, miséria e superstição sem precedentes. Os países europeus como os conhecemos não existiam, nem tampouco seus idiomas, mas tão-somente dialetos locais, sendo a língua culta o latim: a morte do imperador Carlos havia mergulhado o Sacro Império Romano num caos de economia falida, guerras civis e invasões por parte de viquingues e sarracenos.
A vida nesses tempos conturbados era particularmente difícil para as mulheres, que não tinham quaisquer direitos legais ou de propriedade. A lei permitia que seus maridos batessem nelas; o estupro era encarado como uma forma menor de roubo. A educação das mulheres era desencorajada, pois uma mulher letrada era considerada não apenas uma aberração, mas também um perigo.
Decidida a não se conformar com as limitações impostas ao seu sexo, Joana se disfarça de homem e ingressa num mosteiro beneditino, sob o nome de “irmão” João Ânglico. Graças à sua inteligência e determinação, ela rapidamente se destaca como erudita e médica, até que, sob a ameaça de ter seu disfarce revelado, parte para Roma, onde se torna médico do próprio papa. A partir de então, começa a ascensão de Joana rumo ao mais glorioso trono do Ocidente; porém, antes de cumprir seu destino, ela terá de superar obstáculos tremendos, como o seu amor pelo conde franco Gerold e as armadilhas do maquiavélico cardeal Anastásio, seu arquirrival, enquanto luta para não se enredar na teia de intrigas, corrupção e disputas pelo maior poder religioso do mundo.
A papisa Joana é um dos personagens mais fascinantes de todos os tempos, e dos menos conhecidos. Embora hoje negue a existência dela e de seu papado, a Igreja Católica reconheceu ambos como verdadeiros durante a Idade Média e a Renascença. Foi apenas a partir do século XVII, sob crescente ataque do protestantismo incipiente, que o Vaticano deu início a um esforço orquestrado para destruir os embaraçosos registros históricos sobre a mulher papa. O desaparecimento quase absoluto de Joana na consciência moderna atesta a eficácia de tais medidas.
A papisa Joana é considerada pelos céticos um mito criado pelos rivais da Igreja Católica para desmoralizá-la. Uma lenda. Porém, existem historiadores que munidos de pouquíssimos registros afirmam que ela existiu, e reconstituíram a história de sua vida. A escritora Donna Woolfolk Cross acreditando na possibilidade da existência dessa personagem, escreveu um belíssimo livro de ficção histórica.
Queria ler Papisa Joana há muito tempo, e quando o tive em minhas mãos simplesmente o devorei, pois, é um livro de ficção histórico maravilhoso. A forma que a autora narra à história de Joana me fez oscilar entre a raiva, a impotência, o suspense e a esperança.
Joana sofreu na infância com os maus-tratos de um pai fanático pela religião e principalmente pelo seu ódio as mulheres. Em um tempo que as mulheres eram proibidas de quase tudo, e sofriam todo o tipo de barbárie, principalmente as mais pobres; Joana encontrou nos estudos, através do conhecimento o seu espaço juntos aos homens, porém, pra isso se fez passar por um deles.
Ao fazer-se passar por seu irmão João Ânglico, tornou-se uma monja, que brilhava por sua inteligência e sua dedicação a cura dos desafortunados. Por esses revezes da vida Joana vai pra Roma, torna-se médica papal, e como sempre se destacava com a sua inteligência e também a benevolência, ascendeu ao trono papal, tornando-se a única mulher papa da história.
Mas, a beleza do livro não está na história de como Joana tornou-se papa, mas, de como ela viveu entre dois mundos: o dos homens em que brilhava e o das mulheres apaixonadas que não podem viver plenamente o seu amor.
Quando Joana vai estudar em um colégio para futuros padres com seu irmão, ela aos treze anos acaba se apaixonando pelo seu tutor, o conde Gerold, com o passar dos anos, Gerold também se apaixona por ela, mas, este era casado, e daí começa o sofrimento de Joana, ao amá-lo e não poder tê-lo.
Mas, quis o destino que Joana nunca o esquecesse, e quando muitos anos depois eles se reencontram, ela já se faz passar por homem, e começa o seu sofrimento, pois, como abdicar da vida que tinha construído, para ser uma mulher dependente de um homem, mesmo que esse fosse o amor de sua vida.
Gostei demais desse livro, pois, além de conhecer e me apaixonar pela personagem, acompanhei e torci muito para que o amor vencesse, mesmo sabendo o tempo que ele era impossível.
Logo após ler o livro assisti ao filme, e este é bem fiel ao livro: não deixem de vê-lo, se não puderem ler o livro que recomendo d+! www.youtube.com/watch?v=uTQiHCPblzo
Logo após ler o livro assisti ao filme, e este é bem fiel ao livro: não deixem de vê-lo, se não puderem ler o livro que recomendo d+! www.youtube.com/watch?v=uTQiHCPblzo
Curiosidades:
Existia uma cadeira com um buraco no assento, que era usada nas cerimônias da consagração papal, exatamente a partir do ano 857, data da morte da Papisa, até ao século XIX. O papa recém-eleito era ali sentado e procedia-se a um exame palpável para se determinar se era, de fato, do sexo masculino.
A Papisa foi imortalizada, no século XI, numa das cartas do Tarot de Marselha, representando a sabedoria, o conhecimento, a intuição e a chave dos grandes mistérios.
A Papisa foi imortalizada, no século XI, numa das cartas do Tarot de Marselha, representando a sabedoria, o conhecimento, a intuição e a chave dos grandes mistérios.
19 comentários:
Adorei! Devoro tudo o que diz respeito a fatos históricos como este! Tenho uma autora predileta: Taylor Caldwell que escreve sobre isso há tempos: Eu, Judas - Médico de homens e de almas (São Lucas)... Quero ler. A resenha muito bem desenvolvida nos envolve como envolveu-te. E o que será real mesmo? A Igreja infelizmente por motivos inúmeros escondeu-nos tantas coisas boas e até quando será assim!?? Quero ler! Quero devorá-lo também! :)
Paty,
incrivel sua resenha.
Uma parte da história que se perdeu e agora uma escritora tem a coragem de lembrar e trazer a tona acontecimentos que tentaram a todo o custo negar.
Uma lição de história, adorei!
Quero tbm assistir o filme.
Parabéns.
Bjos,
Jê
Ano de 814? Isso que é um livro histórico! A Europa? Uma bagunça!
E papisa? é a história promete bons acontecimentos! E concerteza se paixonar naquela época era martírio! Sendo papisa então (não queria estar na sua pele)...
valeu a recomendação!
Bjs
Gente essa resenha me deixou louca de vontade ler esse livro.
http://pitadabeauty.blogspot.com
Eu sou muito curiosa com histórias como esta.
Fico imaginando o que uma mulher passou para poder ter seu valor reconhecido e mesmo assim sem ter reconhecido o seu sexo.
E esta história da papisa sempre me deixou curiosa da veracidade.
Este livro vai para a "listinha"... eh eh eh
Parabéns por me deixar mais curiosa ainda.
Nossa, adorei o enredo... nunca tinha ouvido falar... agora fiquei bem curiosa...
Vou procurar o filme e o livro...
Adorei a dica, é sempre bom saber de livros diferentes, perdemos muito se ficarmos ligadas só nos lançamentos...
beijos,
Dé...
Não conhecia a obra, achei bem diferente.
'-'
beijos
boa semana
Amy - Macchiato
Olá, Patrícia
Muito boa a sua resenha!!!
Digo isso pois você conseguiu despertar a minha curiosidade para ler esse livro. Se tivesse visto na prateleira da livraria não teria dado uma chance para ele...
É por essa razão que não compro nenhum livro sem dar uma olhadinha no blog antes!
Bjs,
Marcia
Amei! Vou procurar nos sebos aqui de Fortaleza.
Fiquei fascinada pela história e sua resenha me deixou com água na boca. Preciso ler esse livro, apesar do final não ser dos mais felizes, pelo menos eu acredito que não seja... rs
Aproveitei e vi o trailer o filme, quero muito assistir.
Beijos
Oi Patrícia,
Já conhecia esse livro, muito interessante essa história!Inclusive já vi alguns documentários sobre a Papisa Joana.A maioria dos historiadores acredita que essa história seja apenas uma lenda, uma história inventada pelos bizantinos para difamar os católicos!Vai saber, né?
De qualque forma a história é fascinante!
Bjos...
Oi, Paty,
Eu só vi o filme, por acaso, nesses dias de troca-troca de canais. Adorei e prometi que ia procurar o livro! Sua resenha me trouxe a lembrança de que preciso LER imediatamente.
Resenha maravilhosa!
Bjs
Aline
A resenha está muito boa, mas mesmo assim não me entusiasmei em ler. Quem sabe ao filme. Bjs, Rose.
Adorei Paty,
quero ler o livro e assistir ao filme.
bjss
Fiquei muito interessada el ler esse livro.
Oi!
Eu assisti o filme.E adorei!
Comecei a pesquisar na internet um pouco mais sobre ela e vi que tem o livro.Já coloquei como leitura para este ano.
Ótima resenha!
Abraços!
Fiquei muito curiosa pra saber como e quando descobriram que era uma mulher. Vou ler ou pelo menos tentar assistir o filme, gostei da dica!
Um livro obrigatório no currículo escolar, sobretudo às mulheres, pela estrutura narrativa fartamente humanista e pelo proceso histórico do poder clerical – elementos inexistentes na laureada literatura tupiniquim, razão pela qual fomenta a repetição em lugar da reflexão.
Boa aintenção Ulisses
Apesar de saber que pouco leriam se estivesse na lista escolar... O livro é grande e bem sei que poucos tem o hábito da leitura. Se lessem, sentiriam raiva tamanha, que nem conseguiriam refletir o que o livro tem para dar. É triste...
Gerold & Joana...inesquecível! Talvez eu releia de novo! O livro é bem grande e conta toda uma vida, mas vale a pena!
Saudades desse singelo amor!
Bjs
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