A Batalha do Apocalipse - Eduardo Spohr

Parabéns para mim, parabéns para mim... eh eh eh. Hoje, dia 29 de dezembro, é o MEU dia. Meu aniversário, dia de comemoração e reflexão.

Para este dia reservei uma resenha especial, uma surpresa deliciosa que descobri agora no final de 2010: A Batalha do Apocalipse.

Admito, o que me atraiu foi a capa. Linda, linda! E também o fato de que anjos estão na moda, e eu prefiro anjos a vampiros (e olha que gosto bastante de livros de vampiros).

Eduardo Spohr, o autor, é escritor, blogueiro, jornalista e nerd assumido. Escreveu o livro em 2002, como junção de várias idéias suas da época de adolescência e com uma pitada de RPG.  E é brasileiríssimo gente. Sou fã de escritores brasileiros deste estilo.

A Batalha do Apocalipse tinha sua venda pela internet e caiu no gosto dos internautas. E agora em 2010 foi relançado em grande estilo, com direito a uma edição de capa dura e com material extra especialmente lançada para o Natal, venda nas maiores livrarias, entrevista para o Jô e tudo mais que tem direito.

O mundo apocalíptico e anjos caídos são o foco principal desta epopéia que passa por momentos históricos da antiguidade até os dias atuais. Nephilins, anjos e arcanjos estão em luta e as trombetas que anunciam o apocalipse estão tocando.

Ablon, o Anjo Renegado, é da casta dos querubins e foi líder dos Renegados que lutavam contra Miguel (o Arcanjo). Miguel pretende exterminar os seres humanos por pura inveja dos sentimentos de Deus para com sua criação. Enquanto isto, Deus está no “sétimo dia” de sua criação e descansa. Claro que o sétimo dia é um período de tempo muito mais longo que um dia apenas.

Shamira, a feiticeira de En-dor, é salva por Ablon de Nimrod, rei da Babilônia, e se apaixona pelo anjo renegado. Os dois constroem uma forte amizade e um relacionamento de parceria que estende-se por milênios.

Apollyon, o demônio, era general dos querubins e rival de Ablon. Juntou-se a Lúcifer na rebelião e tornou-se demônio quando caiu ao inferno.

Lúcifer, o segundo arcanjo, senhor do inferno, anjo caído. Após brigar com Miguel , enganou muitos anjos e seres sobrenaturais que tornaram-se caídos como ele. Muito poderoso, pode mudar de forma ao seu bel-prazer.

Existem muitos personagens, todos eles riquíssimos na descrição física e moral e muito detalhados. Gabriel, Aziel, Nathanael, Sieme, Amael, Orion, Lilith, são apenas alguns do personagens, muitos dos quais vocês já devem conhecer por nome. E nenhum deles é bom inteiramente ou mau completamente.

Ablon é o mártir desta história, que passa milênios em defesa da humanidade, contra Miguel e Lúcifer. É uma história de ação, suspense e um romance de primeira (sem beijinhos e abracinhos, mas com um amor épico que atravessa milênios).

A história passa pela Babilônia, pelo dilúvio bíblico, por Atlântida e pelos dias atuais no Brasil e na Palestina. O autor consegue ir e vir algumas centenas de anos e manter o suspense e a curiosidade sobre o que vai acontecer.

Eu adoraria que este livro fosse uma série. Mas vi no blog do autor (Filosofia Nerd) que não haverá continuação, porém acredito que os personagens ainda voltarão de outras formas em outras histórias.

Palmas para Eduardo Spohr, que soube criar um épico a altura de seu autor preferido Robert E. Howard, criador de Conan, o bárbaro e da era Hiboriana.

E os “vampiros estrangeiros” que se cuidem porque os “anjos brasileiros” estão dando um SHOW!

Ah! Melhor livro que li em 2010 sem sombra de dúvida.