Tema: Romance Histórico
Mês: Setembro/2010
Título: A montanha e o rio de Da Chen
Autor do livro: Da Chen
Editora: Nova Fronteira
Nº de páginas: 493
Ah, vocês não sabem o prazer com que escrevo esse post. Esse livro vai para a galeria das releituras.
Sabe uma frase que veste bem a narrativa? “O mundo dá voltas”. Para alguns, o mundo gira para voltar ao mesmo lugar de dantes. Não sem reviravoltas. O que o livro tem de sobra.
Sabe aquele verso que Chico cantou?
A gente quer ter voz ativaNo nosso destino mandarMas eis que chega a roda vivaE carrega o destino pra lá...
Esse verso cantaria bem essa história.
O livro é sobre...A história se passa em plena revolução cultural chinesa. E nos conta a vida de dois irmãos separados e unidos pelo destino. Tan é o filho legítimo de um poderoso general. Shento é o nascido da amante. Ambos crescem separados ignorando a existência do outro. Até que se apaixonam pela mesma mulher.
Soa como a trama de novela, né? A narrativa é novelesca, mas nada de pensar que é história velha, batida e surrada. Ela tem o seu charme original. Estruturada para prender a atenção do leitor, a trama respira surpresa. A julgar pela saga familiar repleta de ódio, paixão, amor, vingança e assassinatos, logo se percebe que o compromisso autoral é, principalmente, o de entreter.
Logo no início temos a descrição sui generis do parto de Shento. O menino nasceu em queda livre. A mãe pulando do penhasco e ele nascendo ao mesmo tempo. Dá para parar a leitura nessa hora melodramática? Com a mãe abraçando a morte enquanto seu filho está preso ao cordão umbilical? Impossível! Só para saber o que se sucederia, esqueci do tempo. Quando dei por mim, a leitura avançava até a metade do livro.
Soa como a trama de novela, né? A narrativa é novelesca, mas nada de pensar que é história velha, batida e surrada. Ela tem o seu charme original. Estruturada para prender a atenção do leitor, a trama respira surpresa. A julgar pela saga familiar repleta de ódio, paixão, amor, vingança e assassinatos, logo se percebe que o compromisso autoral é, principalmente, o de entreter.
Logo no início temos a descrição sui generis do parto de Shento. O menino nasceu em queda livre. A mãe pulando do penhasco e ele nascendo ao mesmo tempo. Dá para parar a leitura nessa hora melodramática? Com a mãe abraçando a morte enquanto seu filho está preso ao cordão umbilical? Impossível! Só para saber o que se sucederia, esqueci do tempo. Quando dei por mim, a leitura avançava até a metade do livro.
E aí, Shento já era um adolescente com uma história de vida pra lá de sofrida e desafiadora. Um pobre garoto órfão que encontra o amor de sua vida em um orfanato que fazia às vezes de prisão. Sumi Wo o nome da menina. Lindinho o namoro dos dois.
Mas, e Tan? Menino bem nascido. Fera dos números, com certeza será um banqueiro bem sucedido. Mas, não agora. Antes, por ajudar uma bela dissidente a fugir da mão implacável da ditadura, amargará o pão que o diabo amassou em uma prisão. Daí é um salto em queda livre para o degredo e o empobrecimento familiar. Um pulo para os braços do amor de sua vida. Eles se conhecem em uma escola; e Sumi Wo é o nome da moça. Lindinho o namoro dos dois.
Como eles de alguma forma acabam se apaixonando pela mesma mulher? Não se pergunte, leia. Porque a narrativa vai mais além do que posso dizer. Só não espere um desfecho aos moldes “...e foram felizes para sempre”.
Só um aparte: Coitada da Sumi. Eu compreendo seu dilema, pois me vi conquistada pelos dois. Deixei-me conquistar por Shento e depois me decepcionei. Achava Tan café com leite e depois morri de amores por ele.
Mas, e Tan? Menino bem nascido. Fera dos números, com certeza será um banqueiro bem sucedido. Mas, não agora. Antes, por ajudar uma bela dissidente a fugir da mão implacável da ditadura, amargará o pão que o diabo amassou em uma prisão. Daí é um salto em queda livre para o degredo e o empobrecimento familiar. Um pulo para os braços do amor de sua vida. Eles se conhecem em uma escola; e Sumi Wo é o nome da moça. Lindinho o namoro dos dois.
Como eles de alguma forma acabam se apaixonando pela mesma mulher? Não se pergunte, leia. Porque a narrativa vai mais além do que posso dizer. Só não espere um desfecho aos moldes “...e foram felizes para sempre”.
Só um aparte: Coitada da Sumi. Eu compreendo seu dilema, pois me vi conquistada pelos dois. Deixei-me conquistar por Shento e depois me decepcionei. Achava Tan café com leite e depois morri de amores por ele.
Eu escolhi este livro porque...Não lembro bem o que decidiu minha escolha. Seria algo a ver com a pilha monstruosa que criei? Bem, não importa. Calhou com o momento de decisão eleitoral. Difícil não fazer relação com essa época de culto a uma ditadura disfarçada de populismo. Difícil não refletir sobre esse momento perigoso e decisivo da história do país. Pois é...parando para pensar, tenho notado que minhas escolhas de leitura de alguma forma se sincronizam com o percurso do universo.
A leitura foi...de tirar o fôlego. Além da trama de amor, o contexto histórico é pra lá de interessante. Fica bem representado nos personagens, especialmente no que tange aos dois irmãos. Enquanto Tan representa os ideais democráticos, Shento representa a ideologia maoísta. É na condição de inimigos mortais que os irmãos se enfrentam. Shento, um ditador e Tan, um dissidente. O embate entre os dois culmina em um fim vertiginoso. Ao término da leitura, lastimei ter de me despedir de seus personagens. Pelo fim, deu para ver que o livro merecia uma continuação.
Leitura imperdível!
Leitura imperdível!
PS: Ai, meus neurônios ocidentais! Fiquei choquê com a primeira vez de Shento e Sumi. Para ser honesta, senti um misto de choque, reprovação e admiração.
PS2: A história é narrada em primeira pessoa. Shento e Tan alternam-se na narração.
È 5/5!
9 comentários:
Estou adimirada com sua resenha. Estou louca para comprovar se o livro me surpreende tanto quanto surpreendeu você.
Adoro livro com narrativa em primeira pessoa pois trabalha muito emocionalmente se for bem descrita e principalmente, amo história cultural.
Parabéns pela resenha. Agora quem ficou no dilema sou eu, estou correndo pra ir comprar o livro no sebo aqui perto. ; )
Adorei sua resenha! Só ela já me conquistou para a leitura do livro... Já foi para a pilha de desejados!
Quanto a minha leitura do desafio desse mês... está incruada! Acho que vou atrasar minha postagem...
bjs
Só o nome do livro já me fez ter vontade de lê-lo. Adorei a resenha! Agora quero encontrar esse livro!! Bjss
Vivi,
Curiossima é pouco depois de ler a sua resenha.
Vou a caça desse livro.
Colocando na lista.
Parabens pela resenha primorosa.
Bjinhos,
Jê
Vai sair da pilha, depois da resenha é minha próxima leitura.
Bj.
O livro é tudo isso mesmo. Os protagonistas são apaixonantes. O enredo cativante. E o Tan... ah... um amor. Impossível não cair nos seus encantos.
Esperem por um mundo diferente, marcado por uma cultura completamente diversa da nossa.
Excelente leitura. Engrandecedora.
Mas um para a lista de desejos, que coisa...
O chá só me dá prejuizo, kkk
Beijo meninas!
É tão lindo esse livro. Leiam! Leiam! E leiam!
Li esse livro e recomendo. Gostei tanto que resolvi guardá-lo para tornar a lê-lo outra vez no futuro.
Independente das críticas dos entenditos no assunto..rs, eu leitora posso afirmar que o livro de prende do inicio ao fim.
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