Desafio Literário - Literatura Universal




O ÚLTIMO MAGNATA

F. Scott Fitzgerald




Monroe Stahr é um bem-sucedido e carismático produtor de Hollywood, magnata e workabolic. Vive em uma fogueira das vaidades, em meio a cinismo, hipocrisia, promiscuidade e pessoas dispostas a tudo para serem imortalizadas nas telas do cinema. Mas Stahr, este Grande Gatsby da indústria cinematográfica, não consegue superar a morte de sua esposa, Minna, uma famosa atriz. Até que uma visão o domina: a de uma desconhecida muito parecida com sua falecida mulher. A trágica história do amor do último magnata é contada por Cecilia, filha de um sócio de Stahr, que fora apaixonada por ele quando menina.


Este romance sobre o glamoroso e decadente universo do cinema americano foi o último projeto literário de Scott Fitzgerald (1896-1940), que trabalhara como roteirista em Hollywood durante a década de 30. Mas Fitzgerald morreu sem completá-lo, e seu amigo, o escritor e crítico Edmund Wilson (1895-1972), compilou e editou suas notas para o término do romance, publicado em 1941 e considerado, sob vários aspectos, o seu trabalho mais maduro.


O romance se passa na Hollywood dos anos 30, em que Monroe Stahr é um determinado, insensível e poderoso produtor que conduz o seu estúdio de uma forma opressiva e tirânica, pois, segundo ele, é obrigado a lidar com diretores teimosos e atores instáveis e emotivos. Mas este poderoso homem é atormentado pela morte da esposa, Minna, uma grande atriz, e se vê envolvido com Kathleen Moore, uma jovem mulher que foi criada na Inglaterra e, como ele, é insensível e determinada. O caso de Monroe com Kathleen não será visto com bons olhos, principalmente, por Cecília, moça apaixonada por Stahr, que passa toda a história tentando se declarar para ele.


Não me empolguei muito com este romance, acredito que por ser uma obra incompleta, ficou faltando o aprofundamento do romance do casal, e o livro termina de forma abrupta, quando a gente tem a sensação que agora ele iria começar realmente. Ao final do livro tem um resumo dos futuros capítulos que teria a história, e então tive a noção de como ele teria sido bom, se Fitzgerald não tivesse falecio após escrever o sexto capítulo deste romance.


Francis Scott Fitzgerald

Escritor norte-americano (1896-1940). Principal cronista da vida da alta sociedade dos EUA nos anos 20, por ele definidos como “era do jazz”. Pelo estilo de vida boêmio, torna-se espécie de ídolo da chamada “geração perdida”, que proclama a falência do sonho norte-americano de uma sociedade harmônica. Filho de um fazendeiro do sul e de uma rica católica irlandesa, freqüenta as melhores escolas, mas sem interesse. Entra para a Universidade de Princeton, mas não acaba nenhum curso. Abandona os estudos para se alistar no Exército em 1917. Num campo de treinamento no Alabama, conhece Zelda Sayre, com quem se casa. Desmobilizado de suas funções militares, tenta seguir a carreira publicitária até publicar o primeiro romance, Este Lado do Paraíso (1920). O livro é um sucesso e ele ganha muito dinheiro. Passa a ser porta-voz dos jovens intelectuais revoltados com a sociedade. Em 1922 escreve Belos e Malditos. Em 1924 parte para a França, como outros artistas norte-americanos, e leva uma vida agitada. Escreve O Grande Gatsby (1925), que hoje é considerado sua obra-prima, mas vende pouco na época. Passa um longo período apenas fazendo textos para revistas. Em 1934, publica Suave é a Noite (1925), outro fracasso de vendagem. De volta aos EUA, em 1937, Fitzgerald escreve roteiros para filmes de Hollywood. Enfraquecido pelo álcool, morre em 1940, após duas tentativas de suicídio em 1936. Abalada emocionalmente nos últimos anos, sua mulher Zelda interna-se várias vezes para tratamento e morre num incêndio em um hospício em 1948. Fitzgerald deixa inacabado seu livro O Último Magnata.









12 comentários:

Driza disse...

É, eu não sou muito chegada em obras inacabadas, que daí outro termina...
Não é a mesma coisa, sempre falta e destoa.

bjs, Paty

Driza

Bia Carvalho disse...

É, nem sempre os clássicos nos surpreendem, mas fazer o quê?

Bjs

24por7 disse...

Fiquei curiosa sobre a sua escolha. Por que vc escolheu este livro?
Beijos

Patricia Cardoso disse...

Olá Dani,

escolhi este livro pela sinopse, adoro histórias com um pouco de tragédia, e conflitos amorosos. Mas, depois vir a descobrir que era uma obra inacabada.

Bjs,
Paty

Ptah disse...

Vou tentar ler este, para falaar a verdade não tinha ouvido falar, o que o torna mais interessante. Pena ser inacabado, mas sou louca por Suave é a Noite, então vale a pena dar uma conferida.

aurelia disse...

Dele só li O Grande Gatsby e gostei.Tenho que agradecer seu post sobre o livro A esposa Borgia, acabei de ler o livro ou melhor de devorá-lo, pois não conseguia largar. Maravilhoso.
Meio atrasada né? Mas são tantos livros na lista de desejos...
Bj.

Vivi disse...

Paty, mesmo? Amei O grande Gatsby...que pena, querida! Mas, Abril tá aí e espero que a leitura lhe seja mais aprazível.

Beijos

Kézia Lôbo disse...

TO passando!!
Nem conhecia a obra, pena que nao foi tao legal!!

Lori disse...

Nossa tenho pavor de obra inacabadas, nem leio pra não me decepcionar.....mas adorei sua resenha...beijokas elis!!!!

Anônimo disse...

Uma hist´roia pode não ter um "começo" (as vezes a história volta no tempo para compreensão do suspense), mas um final é fundamental!
Talvez seria um bom livro se o autor não tivesse falecido...não sei... Começou chata a histroia? Muitas histórias mudam quase no final...

Bjs

Mariane Lobo disse...

Triste ele não poder ter finalizado uma obra tão bonita como esta. Eu acho que essa falta de aprofundamento que você notou, seria resolvida justamente na parte final da história, a qual ele não pode escrever. Mas, eu gostei, mesmo assim, é um livro gostoso de ler, os que li do Fitgerald anteriormente, O Grande Gatsby e Esse Lado do Paraíso.

Anônimo disse...

Eu gostei muito do livro, mesmo inacabado. Eu não valorizei tanto o romance, mas sim a forma de ele conta sobre Hollywood, que não é tão lindo como parece, que em primeiro lugar Hollywood é um negócio.

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