O BAILE DAS LOBAS de Mireille Calmel



O Baile das Lobas - Vol. 1 - A CÂMARA MALDITA


Na França medieval, a jovem Isabel foge de casa para não ser violentada pelo senhor de Chazeron em sua noite de núpcias, um direito dos senhores feudais. Mas Isabel é pega, levada ao castelo, estuprada e surrada antes de ser jogada aos lobos. No entanto, a jovem, nascida em uma família na qual as mulheres têm estranhos poderes, consegue sobreviver para dar início a um plano de vingança. É essa a ação central de "O baile das lobas – Volume 1”.

Especialista em romances históricos, a autora francesa Mireille Calmel lança mão de personagens reais – como um jovem Nostradamus, que aparece ainda iniciante nas artes da premonição – e outros ficcionais para construir uma bela história sobre mulheres que começa no ano de 1500. Segundo a autora, a idéia para o livro surgiu das narrativas orais passadas de geração em geração na região de Auvergne, na França, sobre uma serva que teria sido estuprada e jogada aos lobos por seu senhor.

Entre a magia e a miséria, as personagens criadas por Mirreille Calmel são mulheres que não aceitam passivamente a vontade dos homens que as cercam – sejam senhores feudais ou amantes – e utilizam todos os recursos disponíveis para se vingar de quem as magoa. Ao fazê-lo, recriam brilhantemente uma lendária Idade Média. A vingança completa, no entanto, só se concretiza no segundo volume da narrativa, que a Nova Fronteira lançará em novembro.


O Baile das Lobas - Vol. 2 - A VINGANÇA DE ISABEL



Sem conseguir esquecer o passado, Isabel ainda persegue a única idéia capaz de amainar a dor de suas feridas: vingança. Neste segundo volume de "O baile das lobas", acompanhamos a continuação da fabulosa trama de amor e ódio que envolve o trágico e místico destino de Isabel, filha mais velha do vassalo de Francisco de Chazeron. Isabel torna-se uma figura importante no reino, confidente do rei Francisco I, amante de nobres poderosos e a mais solicitada costureira de Paris. Novos personagens se reúnem aos do primeiro volume para ajudar Isabel e as mulheres de sua família a vencer a fúria de Chazeron. Não cabe mais pensar em fugir. As mulheres-lobo terão de enfrentar o cruel senhor da Auvergne. Todas as quatro, Isabel, Albéria, Loralina e Maria — a sobrevivente, a maldita, a loba e a inocente —, vão se unir para lutar, mais uma vez, tentando conquistar enfim a liberdade...



Dezembro de 1500. Ao pé das muralhas do castelo de Montguerlhe, sob a lua gélida, jaz o corpo de uma jovem com os longos cabelos enlameados. Está ensangüentada e inconsciente. Como era belíssima recusou-se a se entregar a seu senhor, Francisco de Chazeron, este mandou enforcar seu marido logo depois do casamento, violentou-a, espancou-a e marcou seu corpo com ferro em brasa. Depois, ordenou que a atirassem aos lobos.

Mas os lobos não farão mal a esta jovem desfalecida. Ela é um deles. Dizem que é capaz de conversar com esses animais e até mesmo que, nas noites de lua cheia, ela se transforma...

Todos acham que ela morreu e, no entanto, Isabel escapou. Oculta na floresta, liderando a sua matilha, só tem uma idéia em mente: vingar-se!



Li A Câmara Maldita o primeiro volume (344 p.) em pouquíssimas horas, pois, é uma história fascinante. Um mundo mítico, em que mulheres são aparentadas com lobos, e sobrevivem em meio a matilha. Isabel, uma jovem que foi brutalmente violentada, e teve que refugiar-se na floresta, me deu tanto dó, que esperava ansiosa pelo segundo volume, onde já sabia que se concretizaria sua vingança.

Isabel, é a personagem que move a história, mas, o destaque deste primeiro livro, é para a sua irmã Albéria, que foi criada no castelo do monstro Francisco de Chazeron, e que nos sensibiliza com a sua determinação em proteger a irmã e sua descendência.


Já, em A Vingança de Isabel, em que enfim se concretiza o que tanto esperei, pois, vários acontecimentos impediam que Francisco tivesse o que merecia. Neste segundo volume, Isabel reencontra a sua família na França, onde mora há muitos anos, e junto com sua irmã, a loba Ma, e sua neta Maria, enfrentarão o malvado nobre que as persegue por muitas décadas. Maria, é uma moça ímpar, vivencia situações que muito me revoltou, mas, ao mesmo tempo, sua aceitação de suas fraquezas me comoveu profundamente.


Gostei muito de O BAILE DAS LOBAS, onde mulheres-lobas, extremamente guerreiras e determinadas tem suas histórias contadas de uma forma bem detalhada, mas, nem um pouco cansativa.

8 comentários:

Simone Santiago ( Luka ) disse...

Essa resenha deixou um gostinho de quero mais.
Adorei.
Beijos de fada.
Luka.

Aline Maziero disse...

Oi Patrícia,
acho q esse é um daqueles livros q vão me deixar sem coragem de largar, né? Resenha muito interessante. Beijo

Unknown disse...

Nossa, da muita vontade de correr e achar esse livro pqe parece ser muito interessante *-*

Dani disse...

Puxa Vivi, legal ver resenha de um livro mais antigo e maravilhoso. Li ambos em 2001, lembro do ano pq naquele verão fiz um viagem muito sonhada à França, e durante toda a viagem fiquei lembrando do livro, de como as pessoas viviam, dos lugares, acho que isso por si só já entrega como eu gostei da leitura né? A quantidade absurda de pesquisa histórica que a autora teve que fazer é algo impressionante, e ainda assim, manter o livro gostoso e instigante, é tarefa para poucos. Também recomendo!

Vivi disse...

Oi, Paty, esses livros sempre estiveram na minha mira. Tem um quê de fascinante nessa história. Obrigada pela dica.

Dani, querida, é sempre bom tê-la aqui conosco. A resenha está mesmo excelente, né? Mas o crédito é todo da queridaça da Paty.

Beijocas

Dani disse...

Aff desculpa trocar as autoras, é que estava lendo resenha de Estrela Píer antes desta e embaralhou o meio de campo... rs...
À Patry os créditos e à Vivi as desculpas, às duas um abraço e ótimas leituras.
Dani

Driza disse...

Adorei tudo, o título, a capa, sua resenha.
Parabéns!
bjs

Driza

Lucia Marina disse...

Oi!

Tenho estes livros e já li. Achei o primeiro mais ou menos, e o segundo bem ruim. Não têm pé nem cabeça. Como podem ter feito tanto sucesso na França? Enfim, a reviravolta dos personagens não me agradou, acho que a proposta inicial se perdeu. Afinal, Isabel era a principal.

Bjos!

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