Certo dia, de volta à casa após o trabalho, encontra na secretária eletrônica uma mensagem de Clara, que lhe anuncia o rompimento do namoro. Não haveria surpresa nisso, não fosse o fato de ele não ter qualquer lembrança de nenhuma Clara que tenha sido sua namorada. Recorrendo até a sua psicanalista, na busca por uma explicação satisfatória, acabará por tomar uma decisão inaudita: reconquistar aquela mulher que ele não conhece ou da qual ao menos não se recorda.
Nessa comédia romântica, surpresas e reviravoltas se combinam para permitir a Martin Page as reflexões sobre o amor e a vida que são pano de fundo de uma fábula repleta de vivacidade e fino humor. Tudo em sua narrativa, desde as cebolas que preparam na frigideira até os personagens mais elaborados, tem uma identidade própria e um papel essencial numa Paris ao mesmo tempo acolhedora e devoradora de seus habitantes e suas mais íntimas esperanças.
Estava navegando pela Livraria Cultura quando dei de cara com esse resumo. Conclusão: minha curiosidade foi despertada e já fui encomendando o livro. O resumo é fiel a história, mas esquece de dizer que Virgile é adorável e louco e completamente cativante!
Ao chegar em casa depois de um dia cansativo, Virgile vê a luzinha da secretária eletrônica piscando. Ao ouvir a mensagem, entra em parafuso: quem é essa Clara que está terminando o namoro com ele? Ele pega a secretária eletrônica e segue para a psiquiatra – gente, é muito engraçada essa cena! - E por aí vai a história, com Virgile tomando as decisões e fazendo escolhas e aprendendo com seus erros e acertos. E vamos com ele, descobrindo suas manias, suas amizades, seu passado e seu desejo de mudar.
O livro tem muitas frases e conceitos que me fizeram rir e pensar e me apaixonar por Virgile! Ele é realmente um anti-herói e sua história é muito gostosa e divertida. Não me arrependi do impulso de comprá-lo e já fiz propaganda e já tem fila para lê-lo.
Um gostinho para vocês:
“…
Depois de desligar da tomada o abajur da mesa para ligar a do aparelho da secretária, Virgile apertou o botão de leitura. A mensagem apareceu.
- Então essa mulher o deixou – disse a psicanalista.
- Não exatamente.
- Mas ela disse isso claramente. Você é que não está aceitando.
A doutora Zerkin acreditava ter posto o dedo na ferida. Afinal de contas, os dois conheciam a situação da vida sentimental de Virgile: que ele provocasse a ruptura por parte de alguém era algo bastante plausível. Como os fenômenos das marés ou da migração das aves selvagens, fazia parte da ordem natural das coisas. Virgile sentia-se feliz por poder contradizê-la e, pelo menos uma vez, com razão.
- Nós não estávamos juntos. Nem sequer a conheço.
A doutora Zerkin segurou os óculos entre os dedos e começou a limpar as lentes. O caso a interessava. Após uma jornada inteira ouvindo neuroses clássicas, não tinha nada a opor a um pouco de fantasia. Recolocou os óculos e afastou as mãos num gesto de interrogação.
- E como você interpreta isso?
- Não quero interpretar. Quero entender.
- Ah, é?
….
… – Será que eu poderia ter tido um caso de amor com ela sem perceber?
- Você não é louco.
A afirmação abalou Virgile. De repente, sem nenhuma preparação, sua psicanalista, uma mulher com quem se encontrava três vezes por semana havia cinco anos, apagava uma de suas angústias.
- Não está dizendo isso só para me acalmar?
- Você me paga pela minha objetividade.
…”
12 comentários:
Oi a todas! Escrevo para dizer que acompanho o blog há algum tempo, mas hoje resolvi comentar! Amo ler, e é bom encontrar pessoas e informações! Sou leitora compulsiva, e por isso também fiz um blog, caso alguém queira visitar... =) Parabéns pelo blog, sempre fuço! Bjo
mais um livro para procurar... ficar fuçando nos blogs vai me empobrecer de dimdim, mas de bons livros só vou ganhar...
Hummm.....esse acendeu a minha luzinha do interesse...huahahahahah]
beijinho!
Hmmmm...delícia!
Ganhei esse livro do meu pai uns dias atrás. Vou ler!
Beijos
Nossa, adoooooreeeei! Preciso ler esse livro! e aí, eh ou não uma história de amor?
Nossa amei esse trechinho Rê! Esse livro quando ví no site da editora, fui logo no skoob colocá-lo na lista dos que vou ler!
Agora com a sua resenha, só acrescentou a minha vontade de lê-lo!!!
Adorei!!!!
Beijossss
Lili
Estou loca pra ler esse livro!!!
Bjs! ;)
Rê,
òtima resenha, claro que já add na lista...
Com uma propaganda dessas nao posso perder mais tempo...
Bjos,
Jê
Ai Rê, tb quero ler esse livro.
Meus Deus!!!
Quero ler tudo que estão comentando aqui no blog ultimamente, infelizmente sou só uma. Quero pelo menos três clones meus!!!! Alguém aí conhece alguma clínica... rsss
bjs
Driza
Meninas, essa a primeira vez que visito o blog, adorei! Martin Page também escreveu "Como me tornei um estúpido". Não sei o título em português porque li em espanhol. É tão bom quanto "Talvez...". Virgile é um homem sem qualidades e é isso que adoro nos livros de Page.
Eu queeeeeeeeero esse livro!
Vi no Skoob, fui procurar no Oraculo Google e cai aqui. hahahaa
=*
A capa é uma graça. Simples e urbana.
Depois de ler a sinopse aquei tudo esquisito.Fica só a expressaõ de "Hã??"
(lendo a resenha)
O quêêêêêêêêê??? Eu quero leeeeer!!!
Não é mais aquele personagem perfeito e "gostosão" por aí! Quero coisa nova e divertida, claro! Para rir e sorrir (livros assim me fazem pagar mico. As pessoas me olham e veem eu e um livro. Não entendem nada!kkk)!
Buáá, paxonei!!Num vô ter ele!
Bjs
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