Vou chamar a polícia - Irvin D. Yalom


"Nessa coletânea de textos, Irvin Yalom oferece aos leitores que, ao longo dos últimos anos, se tornaram seguidores apaixonados de seus romances e ensaios, os bastidores do processo criativo. Yalom conta, em meio a confissões acerca de sua intimidade, os passos que o levaram à concepção e à construção da trama que resultou no célebre "Quando Nietzsche chorou", quem foi o psicanalista que o inspirou na discussão dos desafios fundamentais da terapia em "Memórias no divã" e expõe as soluções que encontrou na literatura para destara os impasses provocados por pacientes refratários à psicoterapia. Retomando algumas das suas propostas essenciais, Yalom discute a posição do terapeuta, sua sinceridade, a exposição de seus próprios sentimentos, os limites de seu envolvimento com os pacientes e os benefícios de analisar, em conjunto com o paciente, os resultados de cada sessão de terapia."


Apesar de não trabalhar no ramo da saúde, muito menos ser terapeuta, sempre me interesso pelos livros que sondam a mente humana. Li outros livros de Irvin Yalom e gostei muito. Sua maneira de escrever é simples, acessível, fácil de ler e entender. Agora, a Editora Agir está publicando mais uma ótima obra. Essa é um pouco diferente das outras. São histórias diversas apanhadas dos vários livros e recontadas para explicar o processo criativo de formação de um livro. Conhecemos os bastidores da criação, os rascunhos dos best-sellers desse grande autor.

Apesar de parecer leitura pesada, truncada, o livro engana. Foi em pouco tempo que devorei as páginas, hipnotizada por narrativas de situações psicológicas comuns, e pelos segredos das obras de sucesso de Yalom. Vi naqueles personagens as pessoas que encontro todos os dias. Homens frustrados, mulheres tristes, episódios de depressão e baixa estima. Utilizando-se da escrita, o autor consegue trazer ao nosso conhecimento algumas práticas que são exclusivas das terapias, mostrando como a mente pode ser aperfeiçoada nas mãos do terapeuta. Em meio aos pacientes, o médico é o mesmo, mas modifica-se em cada situação. Somos testemunhas das aflições, dos sentimentos, das dúvidas que acometem esse profissional, porque, além de psiquiatra, ele é humano, como nós.

Destaque para a construção do livro "Quando Nietzsche chorou". O autor nos descreve as dificuldades em iniciar a sua história mais famosa. Mergulha na mente de Nietzsche para eleger o melhor terapeuta contemporâneo do filósofo, para, com maestria, criar os diálogos célebres entre os dois. Yalom nos mostra ainda, o processo criativo de "Mentiras no Divã", outro sucesso que merece a leitura. Recomendo para quem gosta de investigar a mente humana profudamente.

Para conhecer mais:

7 comentários:

Anônimo disse...

Interessante!
Diferente de tudo que eu já lí ou leria, mais uma boa dica...
beijo amigas!

Carla Fernanda disse...

Oi, Aline.

Adorei seu post.

Sou fã incondicional do Irvin D. Yalom.

Tenho vários livros dele e, como você mesmo citou, sua leitura é de fácil compreensão, abordando todos os mistérios da mente humana com narrativas de situações psicológicas comuns através da história de seus pacientes.

A cada livro dele, me fascino. Apesar de eu também não ser terapeuta, sempre vejo nos personagens, seres humanos que deparamos no decorrer de nossas vidas, com os mais variados problemas e emoções: frustração. tristeza, depressão, baixa auto-estima, etc.

Você definiu muito bem e concordo plenamente: "Utilizando-se da escrita, o autor consegue trazer ao nosso conhecimento algumas práticas que são exclusivas das terapias, mostrando como a mente pode ser aperfeiçoada nas mãos do terapeuta. Em meio aos pacientes, o médico é o mesmo, mas modifica-se em cada situação. Somos testemunhas das aflições, dos sentimentos, das dúvidas que acometem esse profissional, porque, além de psiquiatra, ele é humano, como nós."

Em breve, estarei postando algumas resenhas no meu blog Sonho de Reflexão - onde também dou muitas dicas de leitura e abordo os mais variados assuntos - sobre os livros desse grande autor.

Deixo aqui para você o link do meu blog:

http://sonhodereflexao.blogspot.com/

Dê uma passadinha por lá. Fique à vontade e volte sempre!

Espero que goste.

Eu adoro esse blog. Sempre que posso, venho dar uma olhadinha nas dicas das meninas. Já linkei no meu blog e estou seguindo vocês, ok?

Beijos.

Anônimo disse...

OI,estou sempre por aqui,mas nunca tinha feito um comentário,mas em se tratando do Irvin Yalom eu não podia deixar de falar.AMO os livros dele.
Sou terapeuta e trabalho na mesma linha que ele,os livros dele são praticamente livros de estudo pra quem trabalha na área.Recomendo todos os livros dele,são ótimos!!!!!
Um abraço à todos do blog,gosto muito de tomar um chá por aqui!!!!
Simone Bello -S_bello@hotmail.com

Vivi disse...

Eu imagino o quanto deve ser uma leitura enriquecedora, Aline. Tá na wishlist da Vivi!!!

Beijos

Driza disse...

Nunca li nada do autor, mas agora estou curiosissima.

bjs Aline

Aline disse...

Oi, meninas!

Carla Fernanda, obrigada pelo elogio! Já espiei o seu blog e vou continuar acompanhando.

Driza, Vivi, Simone, Leninha, o livro é diferente das histórias de começo, meio e fim. Por este motivo fiquei mais atraída. E, quando tive a oportunidade de ler, fiz com muito prazer. Obrigada pelos comentários.

BJS

Adriana disse...

Aline!

Interessante, não é um livro que me inspire a começar a trajetória da leitura, mas lendo seu comentário apaixonado, parece que devo rever meus conceitos!

Parabéns pelo post!

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