
Em 1905, as pesadas portas da Escola para Surdos de Bellevillem, no Canadá, se fecham atrás da jovem irlandesa Grania O´Neill. Surda desde os cinco anos de idade, ela sabe, então, que está entrando em um mundo que será exclusivamente seu. Lá fora, fica o o domínio dos que ouvem, hostil e inclemente; lá fora fica inalcançável sua querida família. Dentro da escola, a solitária menina se defronta com uma rotina de disciplina onde aprende a língua de sinais e a falar, e luta contra a noção de que é "diferente".
Ao terminar seus estudos a bela e decidida Grania se apaixona por Jim Lloyd, um jovem médico de audição normal. Os dois criam um vocábulo novo, emocional", feito de sons e de silêncio. Suas vidas parecem estar completas, mas a Primeira Guerra Mundial logo os separa e os arrasta para o centro dos eventos que mudariam a civilização.É o primeiro livro que leio da autora e gostei muito da leitura. A autora Frances Itani é especificamente muito detalhista em sua obra, e como consequência a narrativa se torna lenta, mas bastante agradável. O tema também é bastante denso. Itani narra a história de Grania, uma jovem irlandesa que aos 5 anos de idade, teve escarlatina e que após a doença ficou surda. A autora com muita intensidade, explora a sua infância, contando minuciosamente toda a sua dificuldade e seu processo gradativo de se comunicar melhor com o mundo.
Quando a jovem menina cresce, logo se apaixona por Jim ou melhor dizendo "Chim", pois ela somente conseguia chamá-lo assim. A história deles é linda e muito tocante. Jim é um jovem rapaz que tem uma audição normal e se apaixona por Grania...Vivendo um amor lindo, onde a linguagem não é empecilho, afinal a linguagem do amor é universal, o leitor logo se intera em suas vidas e partilha com muita emoção seus anseios e desejos...
Além do amor presente, o livro é uma aprendizagem constante. O leitor se transporta no lugar de Grania e sente como se fosse em sua pele as dificuldades do seu dia-a-dia e imagina o mundo em absoluto silêncio... O leitor torce por Grania e se emociona em sua forma de ver o mundo, em um mundo sem som, aprendendo a viver em seu eloquente silêncio...
Mas o livro tem muito mais. Da metade ao final explode a 1ª guerra mundial, e Grania vive com a separação de seu amado esposo. Com uma riqueza de detalhes impressionante, a autora descreve a carnificina e os tormentos psicológicos que a guerra causa. É muito forte e realista. Fiquei com o coração apertado enquanto virava as páginas...
Fechando este post, vou deixar dois trechos do livro, descrevendo um pouco a guerra, na carta que Jim escreve para a sua amada esposa:
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Quando a jovem menina cresce, logo se apaixona por Jim ou melhor dizendo "Chim", pois ela somente conseguia chamá-lo assim. A história deles é linda e muito tocante. Jim é um jovem rapaz que tem uma audição normal e se apaixona por Grania...Vivendo um amor lindo, onde a linguagem não é empecilho, afinal a linguagem do amor é universal, o leitor logo se intera em suas vidas e partilha com muita emoção seus anseios e desejos...
Além do amor presente, o livro é uma aprendizagem constante. O leitor se transporta no lugar de Grania e sente como se fosse em sua pele as dificuldades do seu dia-a-dia e imagina o mundo em absoluto silêncio... O leitor torce por Grania e se emociona em sua forma de ver o mundo, em um mundo sem som, aprendendo a viver em seu eloquente silêncio...
Mas o livro tem muito mais. Da metade ao final explode a 1ª guerra mundial, e Grania vive com a separação de seu amado esposo. Com uma riqueza de detalhes impressionante, a autora descreve a carnificina e os tormentos psicológicos que a guerra causa. É muito forte e realista. Fiquei com o coração apertado enquanto virava as páginas...
Fechando este post, vou deixar dois trechos do livro, descrevendo um pouco a guerra, na carta que Jim escreve para a sua amada esposa:
Às vezes, o solo estremece sob nossas botas. O ar vibra. Às vezes, há um barulho de assobio antes da explosão. E, então, tudo é silêncio.
Quando há os sinais luminosos, clarões e fogos de artifício por toda parte à sua volta, você vê de repente silhuetas, homens caminhando, dos dois lados, ali na terra de ninguém. Forças-tarefas. Alguns carregando rolos de arame. As figuras se imobilizam até o manto do escuro cair novamente. E então, a movimentação recomeça mais uma vez.
Quando há os sinais luminosos, clarões e fogos de artifício por toda parte à sua volta, você vê de repente silhuetas, homens caminhando, dos dois lados, ali na terra de ninguém. Forças-tarefas. Alguns carregando rolos de arame. As figuras se imobilizam até o manto do escuro cair novamente. E então, a movimentação recomeça mais uma vez.
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6 comentários:
Gosto muito do vosso blog, descobri por acaso. Li este livro há uns anos e também adorei! Gostei muito da opinião.
E já agora, têm uma surpresa no meu blog reservada para vós!
Parabéns!
Oi Lili,
parece muito bom mesmo, e bem tocante.
bjs
Se for o que estou imaginando a partir de seu comentário, Lili, sei que vou gostar bastante. Já tá na lista de intenção de compra...rs
Beijos
Vivi
Lili,
Anotadíssimo !
Bjos
Eu li Ensurdecedor há algum tempo, ganhei por acaso num Natal de presente do meu pai. Incrível essa história! Adoro demais! Parabéns pelo blog!
Adoro isso: quando os autores nos transportam para seus livros!
E como é contar a vida de uma surda naquela época? Antes da Grande Guerra? Lidar com o amor e saudade num mundo inclemente?
Poxa, parece incrível o livro...Nunca tinha visto ou lido uma resenha sobre ele...
Valeu a dica!
Bjs
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