Sinopse: Hannah Gavener tem 14 anos no verão de 1991. Nas revistas que lê, as celebridades planejam casamentos cinematográficos; mas sua realidade, na vida adulta, está distante disso. Em que momento da vida não podemos mais vincular nossos erros a uma infância complicada? Um romance sensível e inteligente sobre o conflito entre as fantasias de uma jovem mulher sobre família e amor; e os desafios da vida adulta.
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Em primeiro lugar devo dizer que esse livro é bem cansativo de se ler. É composto de parágrafos enormes e isso não me agradou. Mas tem a seu favor o fato de a leitura não ser intrincada, pelo contrário, a história é bem fluida.
É um livro pra mulher com uma proposta bem interessante: o amadurecimento.
Em 245 páginas conta a história de Hannah dos 14 aos quase 30 anos. Ela não é sociável, quase não tem amigos, chega ao cúmulo de tomar xarope para dormir e assim não ter que arrumar alguma coisa para fazer nos fins-de-semana. E se sai para alguma festinha chega a fingir que dormiu no sofá para não ter que conversar com ninguém. E, com atitudes como essa, chegará aos 18 anos sem nunca ter namorado e nem sequer beijado alguém na boca - … a sua inexperiência aos 18 anos fazia com que se sentisse, alternadamente, esquisita e assombrosa, como se fosse um espécime a ser colocado em uma redoma e observado por cientistas...
Hannah vive sua juventude em conflito, fantasiando famílias e amores perfeitos e chegará a vida adulta ainda idealizando encontrar sua alma gêmea. Identifiquei-me muito com ela. Também não fui namoradeira, qualquer um não me interessava, eu esperei sempre que houvesse algum sentimento. Sair por sair com alguém, sem nenhuma profundidade, nunca me apeteceu. Esse deve ter sido um dos motivos de eu ter devorado o livro, me vi nela, com as mesmas dúvidas, errando muito no momento de avançar ou recuar.
Mike será o primeiro namorado de Hannah, ele completamente apaixonado e ela apenas vivendo o momento e assim não foi possível dar certo. Anos depois ela começará um relacionamento com Oliver, colega de trabalho, mulherengo. Hannah gosta dele realmente, mas ele não consegue ser apenas dela e assim também teve fim.
Com a ajuda da prima Fig, Hannah reencontrará Henry, que foi o primeiro amor da vida dela. Idealizando um futuro com ele, ela muda de cidade para que fiquem mais próximos e, embora estejam sempre juntos, ele nunca vai namorar com ela. Assim Hannah se mudará de novo, como que fugindo, e se passará mais alguns anos até que finalmente sinta que cresceu, que finalmente amadureceu. Profundo? Sim, a história toda foi.
E acaba assim: sem fim. Hannah ainda não encontrou o homem dos seus sonhos e eu, leitora, fiquei um pouco frustrada com isso, mas mesmo assim feliz por ter tido a oportunidade de ler esse livro.
10 comentários:
Obrigada pela dica!
Eu já li. Esperava mais pois o outro livro dessa autora, Preliminar, é muito bom. O texto é muito reflexivo e profundo, por isso mesmo cansativo. Só achei que faltou alguma coisa... bjs
Driza,
Mesmo sem o tipico final feliz parece ser daqueles que a gente não esquece.
É instigante qdo percebemos semelhanças entre nós e os personagens...A leitura se torna melhor e mais realista.
Bjos,
Jê
Ótima dica. Gosto de livros onde as pessoas se descobrem através das tentativas amorosas, sem precisar de outra pessoa como definição de si mesmas.
Bj
Oi Thaty,
eu não conhecia essa autora, mas depois desse livro virei fã e vou em busca desse tão bem falado Preliminar. Valeu!
bj
Driza
comprei esse livro ontem, já tinha lido Preliminar e tinha gostado bastante. :~
;*
Oi, Driza pelo seu comentário, parece-me que até que Hannah sou eu...kkkk
Quero ler!
Beijocas
Oi Driza, parece ser bem profundo esse livro. Daqueles que te faz refletir e talvez no nosso caso,até voltar no tempo...rs
Parece ser bem interessante, mas ficaria tb bastante frustrada sem um final coerente ao título. Afinal, ela devia ter encontrado o homem de seus sonhos!! Entendo seu ponto de vista, lendo seu resumo senti o mesmo! rs
Beijossss
Lili
Oi Vivi,
Eu tb me vi na Hannah, talvez por isso tenha gostado tanto do livro.
Lili,
pois é o livro termina sem que "o homem dos sonhos" tenha aparecido, mas talvez a mensagem seja essa mesmo: existe um homem dos sonhos? Ou nós é que idealizamos demais? Não seria melhor buscar "o homem real"?
Dá o que pensar!!!
bjs
Driza
Estava procurando uma figura para colocar no post do meu blog e parei aqui... rsrs...
Eu adorei o livro! Talvez porque também tenho problemas nos meus relacionamentos por sempre procurar o "homem perfeito".
Gostei e não me arrependo também de ter lido!
:D
bjuss
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