A Cidade do Sol - Khaled Hosseini

" A história dos homens não é muito diferente da história das mulheres, embora possa parecer à primeira vista. A cidade do sol conta a história de Mariam e Laila. Duas mulheres muito diferentes que se encontram em meio ao caos da intolerância, das tradições distorcidas, da guerra contra tudo o que genuinamente somos. São protagonistas unidas para sempre pelo desejo de superar o sofrimento e o medo, vencer a opressão e encontrar a felicidade.
Um desejo sem cor, raça, sexo ou credo.Mariam tem 33 anos e viveu metade de sua vida num casebre, isolado distraindo-se com as flores, os mosquitos e as pedras de um riacho. Quando ela tinha 15 anos, sua mãe morreu e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Na grande cidade, Mariam cumprirá seu destino de mulher: servir ao marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.

Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: “Você pode ser tudo o que quiser, Laila.”Sua mãe preocupa-se com os filhos que partiram para lutar contra os soviéticos, e esquece que a menina precisa tanto de sua atenção como os rapazes de suas preces. Laila vai à escola todos os dias, é inteligente, sonha com países distantes e com seu amigo Tariq. Sempre soube que a vida era muito maior que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.Confrontadas pela turbulência da história de um país, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram e estão absolutamente sós, com suas expectativas sobre a vida viradas de cabeça para baixo.
A partir desse momento, embora o acaso e também o ódio e a insensatez – continue a decidir seus passos, uma outra história começa ser contada. Aquela que apaga as fronteiras entre países, entre idéias, entre ocidente e oriente, entre justo e injusto, amor e ódio, bem e mal, entre homens e mulheres. "

Mariam e Laila. Duas afegãs, duas meninas, duas mulheres. Apesar da história se passar no Afeganistão, numa cultura totalmente diferente da nossa, as mulheres do livro sonham como nós. Sonham com o amor, com a segurança, com a realização pessoal,a liberdade de serem elas mesmas, independentes. Só que os sonhos delas são logo desfeitos pelas mãos dos homens, que detém poder total na cultura afegã. As decisões dos homens e a submissão das mulheres, pontuada por episódios cruciais de revolta feminina, são peças fundamentais no decorrer do livro.

Mariam é a heroína do início do livro. Filha bastarda de um homem poderoso, ela vive isolada, com sua mãe, num casebre. Não sai de casa e sua única alegria é a visita semanal do pai. O pai é a figura ideal, o centro da vida de Mariam. Ela espera um dia viver com ele, na cidade. Ao atingir a adolescência, ela tem um pequeno surto de revolta e vai em busca do pai. Ao retornar, sua mãe está morta. E então seus sonhos se realizam, mas de uma forma que ela nunca desejou. O pai, acuado pelas esposas, dá a filha, de 15 anos, em casamento à Rashid, um homem 30 anos mais velho, já viúvo, muito conservador. Mariam inicialmente se desespera, mas percebe que precisa se adaptar, e que aquela nova vida não é pior do que a sua infância isolada. Com Rashid, ela conhece a cidade, alimenta-se bem, ganha presentes. Até que ela engravida. E tudo muda.

Laila é o oposto de Mariam. Ela nasce quando os costumes estão mudando, e o país está mais aberto a novas ideias. Seu pai é professor e insiste que ela estude muito, e que vá até mesmo à faculdade quando crescer. Sua família não conserva os antigos costumes e ela experimenta pequenas doses de liberdade. Ao lado do melhor amigo, Tariq, passa a infância e parte da adolescência como uma menina comum. Mas, explode a guerra. E tudo muda.

A vida das duas mulheres se encontra numa tragédia. Mariam já tem 33 anos e Laila tem 14 anos. Enquanto as duas nem suspeitam, Rashid prepara uma surpresa, e coloca as duas numa situação inesperada. Só lendo para acreditar.

Um livro emocionante. Vemos a interessante cultura afegã, conhecemos parte da história desse povo, testemunhamos o sofrimento, a dor e a alegria. Em meio à brutalidade, à violência, à discriminação, as duas mulheres desenvolvem uma relação de amor, cumplicidade, lealdade, generosidade. Narrativa envolvente, não pude parar de ler. Até Hollywood se rendeu. O filme inspirado na história está previsto para 2009.

7 comentários:

Clarissa disse...

Oi...
Muito bacana essa dica.
Estou acompanhando, tudo bem ?
Amei esse blog, é maravilhoso.
Parabéns

Driza disse...

Uau Aline,

que livro, que história. Sem contar o tanto de curiosa que fiquei com a sua deixa naquele só lendo pra acreditar.

bjs

Driza

DEUSA PAGÃ disse...

nossa...dever ser muito bom mesmo...

ah!!! faz visitinha...
tem post novo...
bjos,!!!!

Vivi disse...

Esse autor é de uma sensibilidade magnífica! Esse também está na lista.
bjs

lili disse...

Já tinha lido o Caçador de Pipas e simplesmente adorei! Esse tb promete.
Mais um ... rsrs

Bjs
Lili

Anônimo disse...

Olá, meninas

Só passei para deixar uma informação para vocês: o Submarino está com uma promoção de vários livros por 9,90 (inclusive "O Caçador de Pipas", desse escritor). Vale a pena dar uma conferida!!!
Bjs,

Marcia

Angel disse...

Oi Aline, eu tenho esse livro aqui para ler e lendo seu comentário mais bem que fiquei com vontade de lê-lo. Quando o fizer volto para comentar.

bj da angel ;)

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