O HOMEM DE MONTANA de Barbara Delinsky


Lily Danziger só queria se sentir segura. Ao descobrir que todo o dinheiro do mundo não podia comprar felicidade, ela havia abandonado um casamento falido e uma vida de aparências. Em fuga, com uma filha recém-nascida e sem ninguém com quem contar, ela seguia em sua busca por um novo lar. Até uma tempestade de neve pôr sua única chance de sobrevivência nas mãos de um estranho.

Ele era o típico caubói, com chapéu Stetson, voz grave e modos rudes. Um homem com o coração ferido, que jamais acreditara no amor. A razão lhe dizia que, ao pegar carona com Lily, se deparara com mais do que uma mulher e uma criança indefesas. Ele havia encontrado duas pessoas que precisavam de sua proteção e talvez sua verdadeira razão de viver.


A carona:

“Lily nunca tinha dado carona antes. Era loucura. Na semana anterior, ela havia lido que muitos dos caroneiros eram procurados pela justiça por alguma razão. Ela não quis ponderar se o caubói era procurado e por quê, pois sua situação não era das mais favoráveis – para dizer o mínimo. Lily estava a quilômetros de qualquer lugar e seu carro era o único na estrada. Dirigir se tornava cada vez mais difícil à medida que a neve se engrossava. E ela estava ficando mais e Mais preocupada a cada minuto.”

Algum tempo depois da carona:

“Depois de um deslize curto e silencioso, em contraste com o alvoroço que se apoderou dela, o carro parou bruscamente sobre pinheiros recém-plantados.
O caubói acordou imedaitamente.
- Tudo sob controle – disse Lily.
- Não estamos saindo do lugar – ele a informou.
- Só um minuto. Um dos pneus está prestes a tocar em alguma coisa.
- Ou atolar ainda mais. – Ele praguejou, depois resmungou: - É o que dá deixar as coisas na mão de uma mulher. – E abriu a porta. – Engate à ré – ordenou ao descer do carro. – Eu vou empurrar. “

Passado mais um tempo:

“Lily estava começando a tremer.
- Tem que ser uma estrada. Eu estava seguindo alguma coisa.
- Droga, se pelo menos eu soubesse o quê – grunhiu ele, atacando-a com um olhar acusador. – Maldição, se eu soubesse onde estamos. Droga, se eu soubesse como seremos encontrados. Você não ouviu a previsão do tempo, não abasteceu o carro e não se deu ao trabalho de permanecer na estrada principal. Garota, quando você estraga uma coisa, você estraga mesmo. – Ele sentou novamente no banco, olhando desta vez pela janela. – Que sorte a minha ter pegado carona justamente com uma menininha rica e mimada.
Lily nunca foi uma menininha rica e mimada. A alusão dele a teria feito rir, se o caubói não acrescentasse:
- Carro bonitinho, roupas bonitinhas, rostinho bonitinho...- Ele se virou lentamente para ela. – E... nenhum...cérebro.”

Empaquei nestas primeiras horas do encontro entre Lily e o caubói, e antipazei com o grosseirão. Com o desenrolar da história, vai nascendo através da forçada convivência deles, um sentimento, mas, não consegui torcer pelo casal. O livro possui todos os elementos que tornariam este romance especial: uma mulher em busca de ser amada, e um homem que não acreditava no amor. O encontro entre os dois despertam sentimentos adormecidos, e os tornam uma pessoa melhor, mas, acabei não conseguindo ter empatia pelos personagens.


O que realmente me incomodou foi Lily ter fugido de sua cidade, por ter colocado a sua vida nas mãos do marido e ter sofrido com ele, e em poucos dias estar novamente completamente dependente de outro homem. Acredito na mulher como um ser frágil, que claro precisa da proteção de um homem em certos momentos, mas, não a completa dependência, o se anular em nome do amor, isso realmente me irritou profundamente na personagem. E isso tornou impossível para mim gostar deste livro. Detesto histórias em que a mocinha é extremamente submissa.

6 comentários:

Driza disse...

Paty do céu!! Que cara idiota.
Só esses trechinhos já me fizeram odiá-lo. Aí não dá né? Como é possível gostar de um livro assim.
Tá certo que nós mulheres não toleramos ser chamadas de sexo-frágil, mas isso não significa que goste de grosserias. Não mesmo!! Adoramos educação e carinho...

bjs

Driza

Anônimo disse...

Pior mocinha submissa não ta com nada, eu já não simpatizei com o caubói nas primeiras palavras citadas acima....kkkk...mas vou ler só pra depois vim arrasar os personagens por aqui...rsrsr.....bjus Elis

Lori disse...

se alguém quiser pode dar uma passada la no meu blog...bjus elis

lorielisandra.blospot.com

Vivi disse...

Olá, meninas

Gostei do seu comentário Paty...principalmente do parágrafo final. Concordo com você e se me permite acrescentar não acredito tanto nessa unilateralidade frágil da mulher. Dentre as várias naturezas que lhe cabe, está a força que convive bem com a sua fragilidade. E, me parece que, no caso da protagonista citada no livro,havia uma fraqueza interna relevante: a baixa estima. Uma fraqueza interior que, ambos, homem e mulher, podem incubar e adular dependendo das circustâncias.

A necessidade de sentir-se protegida também não é prerrogativa das mulheres.
Talvez possa estar em alta na hierarquia das necessidades do mulherio, mas proteção é um bem, um ativo de qualquer relacionamento que, seja bem entendido, esteja cunhado na intimidade, cumplicidade e solidariedade. Todos bases essenciais do amor.

E no caso da Lily, pelo o que você mencionou, Paty, parece ser mesmo mais um vício de pensamento de sentir-se incapaz de desbravar a trilha de seu destino. O que fica bem traduzido no seu comportamento dependente.

Em suma: Humildade, sim. Submissão, jamais!!!

Desculpem o tratado.

Beijos

Anônimo disse...

OI Meninas...
Eu estou lendo "O Homem de Montana" e até agora eu gostei, o mocinho é grosseiro no começo, mas acaba melhorando, estou com medo do final, assim que terminar volto aqui pra dizer o que realmente achei...

Anônimo disse...

Bem meninas... terminei o livro e estou com a sensação que faltou algo, não sei exatamente o que foi mas faltou...É como a Patrícia comentou, tem tudo pra ser bom, mas no final acaba decepcionando... Não gostei!

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