A ESPOSA BÓRGIA de Jeanne Kalogridis

Incesto, veneno, traição.
Três presentes de casamento para a A Esposa Bórgia


Itália, 1492. O Papa Alexandre VI é eleito, e assim começa o domínio sangrento da família Bórgia. Alexandre mata, suborna e trai para estabelecer sua dinastia. O rio Tibre amanhece a cada dia tomado por novos cadáveres. Sancha de Aragão, filha ilegítima do rei Afonso II de Nápoles, chega a Roma para se casar com o filho mais novo do pontífice, Jofre. A união protege Nápoles da cobiça do rei da França e garante o apoio da Espanha para os Bórgia.

A Roma das intrigas conspiratórias é bem diferente de sua cidade natal. A libertinagem da corte da nova família é notória, mas Sancha não será uma vítima inocente. Seu espírito indômito vai garantir a sobrevivência nesse ninho de cobras.

A vibrante Sancha de Aragão chega a Roma no final do século XV, recém-casada com um membro da temida dinastia dos Bórgia. Cercada pela opulência e pela corrupção política da cidade, ela faz amizade com a cunhada glamourosa e dissimulada Lucrécia, cujo ciúme é tão lendário quanto seu poder de sedução. Há quem afirme que Lucrécia envenenava suas rivais, particularmente aquelas a quem seu belo irmão, César, entregava seu coração. Assim, sucumbindo ao fascínio irresistível de César. Sancha tem que manter seu segredo escondido ou perder a vida. Presa na rede sinistra dos Bórgia, ela usa sua astúcia para derrotá-los em seu próprio jogo. Entremeando vividamente detalhes históricos e criação literária. A Esposa Bórgia é uma história instingante de conspiração, intrigas sexuais e lealdade.

A sinopse acima descreve fielmente o livro A Esposa Bórgia. Li este livro fazendo algumas verificações sobre os fatos históricos narrados, e fiquei muito contente em confirmar que a autora, não distanciou-se dos fatos. E conseguiu magistralmente construir uma história entremeados de fatos verídicos com um intrigante romance.

Sancha de Aragão, a personagem que conta a sua história neste livro, é uma mulher leal e corajosa, que teve a infelicidade de se envolver com César Bórgia, um homem extremamente cruel. No início de sua juventude Sancha, procura uma vidente, e as revelações da mulher, a assombrarão até o último de seus dias:

“ Súbito, empertigou-se, ainda segurando minha mão, e me fitou diretamente nos olhos.
- A maioria dos homens é predominantemente boa, ou predominantemente má, mas você tem dentro de si o poder de ambos. Quer falar-me de coisas insignificantes, de casamento e filhos. Falo-lhe agora de coisas muito maiores. É que em suas mãos está o destino de homens e nações. Essas armas que você tem dentro de si, o bem e o mal, deverão se ambas manejadas, e no momento oportuno, pois alterarão o curso dos acontecimentos.
Enquanto ela falava, fui tomada por imagens aterradoras: meu pai, sentado sozinho no escuro. O velho Fernando, sussurrando mos ouvidos ressequidos dos angevinos de seu museu, fitando-os nos olhos desprovidos de visão... e o rosto dele, sua forma, transformou-se e se converteu no meu. Vi-me na ponta dos pés, com a carne rija encostada no couro mumificado, sussurrando...
Pensei no instante em que havia ansiado por uma espada, para que pudesse cortar a garganta de meu pai. Eu não queria o poder. Temia o que viesse a fazer com ele.
- Jamais recorrerei ao mal! – protestei.
Houve um toque de aspereza na voz dela,

- Nesse caso, condenará à morte aqueles a quem mais ama.”

Achei o livro excelente, e a vida de Sancha é fascinante: princesa bastarda, casada com o bastardo do Papa Alexandre VI, um marido fraco e submisso. Apaixonada por um homem sanguinário, e tendo que ser “amiga” de sua cunhada Lucrécia, uma mulher de temperamento sombrio e falso. E tendo que viver cercada por pessoas tão temerárias e não perder a doçura, o amor pelos seus, a tornou para mim, uma personagem muito especial.




4 comentários:

Vivi disse...

Histórico bem feito e contextualizado sempre agrada!

Obrigada pela dica!

Beijos

Jeanne Rodrigues disse...

Paty,

Gostei mto da sinopse, só ela já me fazia adquirir esse livro...

E depois de ler seus comentários percebi que dessa vez eles foram honestos...

Não conheço essa parte da história e por isso quero correr atrás...

Seu último comentário me deixou curiosa...ela se apaixona pelo papa? É ele seu amor sanguinário ???

Bjos

lili disse...

Boa indicação, tb fiquei interessada. Fatos históricos com romance sempre me agradam.

bjs
Lili

mariana disse...

Oi Paty!
Realmente A Esposa Bógia é um livro muito bem escrito, adoro livros baseados em fatos histórico, só acho que a autora pecou, pecado mortal, em ficar frisando certo fatos históricos, que não são fatos históricos!Cito o caso da brincadeira com os chocolates!Os primeiros chocolates em barra só foram confeccionandos no final do séc.XVIII, logo, isso que la cita como fato histórico, tem um errinho de quase 300 anos!Naquela época, o chocolate conhecido na Europa, pouquíssimo conhecido, quase que só na Espanha, era o mesmo dos povos nativos das Américas, cacau torrado em pó, diluído em água, muito amargo e ruim!

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