SINOPSE
Em 1924, o belo, rebelde e misterioso poeta Robbie Hunter se mata com um tiro durante uma das festas que decretam os últimos suspiros da poderosa aristocracia inglesa. As irmãs Hannah e Emmeline Hartford vêem tudo, mas nada podem fazer para evitar o suicídio, que coloca um ponto final num doloroso triângulo amoroso formado por elas e Hunter. A tragédia vai separá-las para sempre e o tempo encobrirá tudo com o véu do esquecimento. Mas um filme sobre os Hartford vem resgatar todos os detalhes de um passado cheio de segredos que permanecem guardados na memória de Grace Bradley, aos 98 anos, única testemunha ainda viva do drama vivido por uma família e das profundas transformações vividas pela sociedade da época. Este é o mote de A casa das lembranças perdidas, surpreendente romance de estréia da australiana Kate Morton, título mais bem-sucedido na Inglaterra desde O código da Vinci, com direitos de tradução vendidos para 29 países.
Com mais de 600 mil exemplares vendidos só na Inglaterra, best-seller imediato nos Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Austrália, A casa das lembranças perdidas fala de segredos e de atos terríveis que pessoas comuns são capazes de cometer para libertar-se ou, ao contrário, preservar o status quo. Status a ser mantido de qualquer maneira, principalmente na Inglaterra do início do século XX, um período de transformações sociais, políticas e econômicas radicais, que põem em xeque a conservadora aristocracia inglesa, incapaz de se adaptar aos novos tempos: à ascensão de uma nova classe de gente rica cujo poder é baseado no dinheiro e não na família de nascimento, ao novo papel da mulher que quer – e se vê obrigada a – trabalhar, à destruição e aos traumas causados pela Primeira Guerra Mundial.
Em meio a tudo isso, Grace Bradley, a narradora desta história, vai e volta no tempo à medida que sua memória e saúde – já falhas – são testadas pela equipe de filmagem que está produzindo um filme sobre os Hartford e a convida para voltar à imponente mansão da família em Riverton, no condado de Essex. O ano é 1999 e um retorno ao local onde tudo começou desperta nela sensações que já imaginava esquecidas.
No passado, Grace fez parte do corpo de empregados da mansão e, como os demais funcionários, tinha como lar o “andar de baixo”, onde os donos jamais pisavam. A separação entre ela e os patrões, no entanto, vai se rompendo quando passa a ganhar tarefas que envolvem um contato cada vez maior com os habitantes do “andar de cima”. Numa de suas obrigações, conhece três jovens moradores de Riverton e sente um elo especial com um deles: Hannah, irmã de Emmeline, a caçula, e de David, o primogênito.
A autora alterna a narrativa de A casa das lembranças perdidas em dois tempos e a coloca na visão de Grace e Hannah. Grace, a menina pobre e recatada, com um desejo profundo e aparentemente sem explicação de tornar-se eternamente ligada a Hannah, à custa de qualquer outro relacionamento. Uma lealdade que vai permiti-la testemunhar e a encobrir as desventuras da patroa. Já Hannah, jovem aventureira com idéias libertárias e emancipadas, obrigada a tornar-se uma dona-de-casa casada e infeliz, mas cujos desejos reprimidos vão levá-la à tragédia que se conclui na fatídica noite de verão de 1924.
Kate Morton dá a cada um de seus personagens uma personalidade marcante. Além da dupla de protagonistas, há Emmeline, a animada menina que adota o papel de socialite festeira; David, que tem sua vida tomada nos campos de combate da França durante a Primeira Guerra Mundial; Alfred, o amado de Grace, que volta da guerra sem a energia e a jovialidade que impressionaram a jovem arrumadeira; e Robbie, o amigo de David, outro sobrevivente, que, no futuro, vai protagonizar uma triste e perturbadora história de amor com Hannah. Ao redor deles, um mundo de hipocrisia e segredos que vão sendo revelados a cada página deste romance.
A sinopse acima, foi retirada do site da editora Rocco, e é minuciosa e nos aponta os pontos principais do livro. A história gira em torno das lembranças de Grace, empregada pessoal de Hannah, uma das irmãs mais velhas que presenciou a tragédia da morte de Robbie, um poeta, afetado pela guerra.
Achei, o livro é extremamente triste, pois, o livro nos narra através das lembranças de Grace, a vida da família Hartford, vida esta cheia de tragédias e muitas perdas. Neste ambiente triste, Grace, uma mocinha com uma imaginação fértil, criou algumas fantasias em sua cabeça, que a levaram a dedicar a sua vida a sua patroa Hannah. Esta dedicação e devoção de Grace por Hannah, em muitos momentos me levou a indignação, fiquei muito chocada, mesmo que fosse em outros tempos, como uma pessoa poderia desistir de seus sonhos e desejos em favor de uma outra pessoa.
Gostei muito do livro, e fiquei dividida entre a tristeza com os fatos trágicos da família Hartford, e a curiosidade em descobrir como foi realmente a morte de Robbie. Este segredo guardado a vida toda por Grace quando é revelado no último capítulo é surpreendente, e por si só já vale a leitura deste livro.
7 comentários:
Paty,
A capa já me fascinou de cara.
E a sinopse então...
Acho que esse livro é daqueles que por mais que não se concorde com algumas situações não esquecemos..
Estou errada ?
Dica anotada...
Bjos
Parece ser um bom livro e um grande achado. Obrigada por compartilhá-lo conosco, Paty.
Bjs
Adorei seu post. Me deixou com uma enorme vontade de ler o romance só para descobrir esse segredo...
bjs
Uau... de tirar o fôlego. Mas se é do tipo que faz chorar... Deixa para outro momento.
bjs
É um livro realmente muito bom, ganhei de presente de aniversário de uma tia e amei! Vale a pena comprá-lo.
bjs
Que blog legal!!
Esse livro já estava na minha listinha! Agora, a vontade aumentou ainda mais.
Parabéns pelo blog
atée
Oi Meninas, acabei de ler o livro e adorei. Se quiserem ver meu comentário, entrem:
http://nossosromances.blogspot.com/2009/04/casa-das-lembrancas-perdidas.html
Como por aqui á foi comentado o livro, resolvi não postar novamente.
bjs
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