Quatro extraordinários talentos trazem à vida os mais incomuns desejos em uma ousada nova antologia onde o romance está no limite.
Ouça os segredos de uma linda mulher que se comunica com os animais e que é atraída para o perigo, e para o mais suspeito de todos os animais machos – o homem...
Entre no mundo proibido e imprudentemente excitante das hordas demoníacas e suas vítimas voluntárias...
Seja arrastada pela paixão que se levanta das insondáveis profundezas da cidade perdida de Atlântida...
Siga as sombras que empreitam os vivos e os não-mortos num mundo de vampiros incansáveis e anjos da guarda...
Eu comprei esse livro pela história da Alyssa Day – Wild Hearts in Atlantis – que é o segundo volume da série Warriors of Posseidon – e que é uma história maravilhosa. Conta a história do guerreiro de Atlântida Bastien e de Kat – uma mestiça de humana com shape-shifter pantera. Os guerreiros de Atlântida lutam há milênios para defender a humanidade contra os vampiros e os shape-shifters, sempre nas sombras. Mas, vampiros e licantropos se anunciaram à humanidade, que estarrecida, viu que os monstros das lendas são reais e querem entrar para a política e comandar os meios de comunicação, criando atos e leis que proíbem os humanos de fazer mal ou persegui-los , mas não o contrário. Um grupo de humanos e licantropos formam uma resistência e junto aos guerreiros atlantianos lutam contra esse domínio. Bastien vem como representante de Atlântida junto aos licantropos panteras, tentar impedir uma aliança destes com os vampiros. Kat é sua ligação para chegar ao alfa e o romance entre eles é muito intenso.
Na minha opinião Bastien e Kat mereciam um livro inteiro e não apenas esse conto. A profundidade que possuem – Bastien se acha pouco inteligente e crê apenas em sua força e sofre muito pelas coisas que teve de fazer para defender a humanidade e Kat, por ser metade humana, não consegue se transformar em pantera, apesar de sentir o animal em seu interior e com isso se sente inferior e não digna – e o modo como um completa o outro poderiam ter sido muito melhor exploradas num romance mais longo. Mas a história é muito boa.
O conto de Maggie Shayne – Animal Magnetism – é fabuloso. Jay é um policial que está perseguindo um estuprador que vem atacando várias mulheres e não deixa nenhuma pista. Um dia, uma cadela labrador é ferida a tiro quando sua dona foi estuprada pelo bandido, Jay a leva para a clínica de Macy uma veterinária que se comunica com os animais. Esse é um segredo que Macy guarda a sete chaves e que, de repente, se vê obrigada a compartilhar com Jay, quando descobre que a labradora viu o estuprador quando este seguia sua dona pelo parque. Uma história super diferente e muito romântica. Adorei.
Marjorie M. Liu, uma escritora nova para mim, me surpreendeu com o conto Hunter Kiss. Traz Maxine Kiss uma heroína solitária que caça demônios. Ela vem de uma longa linhagem de mulheres que são caçadoras e sempre tem mortes violentas. Ela conta com a ajuda dos “meninos” – demônios que se transformam em tatuagem em seu corpo durante o dia, blindando-a e que, quando a noite cai, saem para ajudá-la nas caçadas e a protegem, visto que seu corpo fica então vulnerável. Numa noite, ela vê uma movimentação incomum de pessoas possuídas reunidas em uma praça. Esses demônios querem matar um homem – Grant Cooperon, um ex-padre que dirige um lar para sem tetos. Maxine o salva e, juntos eles fogem e se envolvem de uma forma muito linda e poética. Adorei essa história e descobri que há uma continuação – the Iron Hunt – e o início de uma série. Vou deixar um trecho para que vocês sintam a beleza do relacionamento de Maxine e Grant e o modo calmo como a autora transmite os sentimentos.
“Caminhei até o piano. Não cheguei perto de um desde que sai de casa, e uma dor fez minha garganta arder com a memória de minha mãe me ensinado; os cabelos escuros caindo em seu rosto, seu longo pescoço, afastando-os dos olhos, para longe dos lábios vermelhos. Era dia, seus braços nus, a pele coberta de tatuagens que eu traçava e traçava com meus dedos; nomeando-as, cantando canções de ninar.
Gosto de pensar que me pareço com ela. Gosto de imaginar que sou tão forte quanto ela.
Os meninos estão andando por aí. Grant se aproxima e seus dedos traçam o caminho de minhas costelas, fazendo-me estremecer. – Você toca, Maxine?
- Há muito tempo atrás. – Prendi uma de suas mãos ao lado de meu corpo e usei a outra para tocar uma nota, que se esvaneceu docemente no ar. Grant me abraçou. Fiquei parada quando ele envolveu sua mão ao redor da minha. Quando pressionei outra tecla, a mão dele ainda estava segurando a minha, descansando pesadamente em meu pulso.
- Tocaria um dueto com você – ele sussurrou em meu ouvido, - mas acho que pode ser perigoso.”
Por último tem o conto Paradise de Meljean Brook. Foi o único de que não gostei. Faz parte de uma série – Guardians – e me senti como se tivesse entrado no cinema depois de o filme ter começado – conseguia entender algumas coisas, mas o principal sempre me escapava por causa das cenas que tinha perdido. Não gostei do estilo dessa autora nem da história – para se ter uma idéia levei uma semana para terminar esse conto, pois não conseguia avançar na leitura e sou teimosa demais para parar no meio – era o segundo conto do livro.
Pretendo seguir a série da Marjorie, pois acho que Maxine e Grant ainda me transmitirão muitas emoções.
2 comentários:
Olá, Regina
Parece ser uma leitura que absorve. Gostei do trecho escolhido para demonstração. Lembrei-me de nossa amiga blogueira e pianista. Quem será?...rsr
Esse cara da capa lembra muito o Gerry Buttler. Ou será que estou forçando demais?
Beijocas
A leitura foi muito boa (tirando aquele conto que mencionei). Marjorie M. Liu foi uma boa surpresa. Gosto de antologias por causa disso, a gente sempre descobre novos autores.
bjs
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