
O romance conta a história de uma jovem à procura de viver um grande amor na Irlanda contemporânea.
Narrado na primeira pessoa, This man and me apresenta a vida de Helen desde sua infância até a idade adulta dos 30 anos. O ponto central da trama está sempre na vida amorosa de Helen; com as alegrias e dissabores que dela advém. Helen discorre sobre sua vida como quem troca confidências com o melhor amigo. No caso, o leitor. Extravasa quando narra os momentos intensos e dramáticos de suas vivências, mas, ao mesmo tempo, regateia em muitos momentos chaves. O livro está repleto do recurso da pausa: um corte inteligente na narrativa com o intuito de criar suspense.
Destilando tiradas inteligentes e divertidas, Helen segue a procura de seu amor até chegar, por sua própria conta, à conclusão de que esse amor é impossível de ser encontrado. A maioria de seus amigos a aconselha a sondar o coração e reconhecer a batida acelerada que sinaliza “Essa é minha alma gêmea”: Tum-tum, Tum-tum, Tum-tum. E à medida que agrega distintas e tão semelhantes experiências amorosas, Helen chega a conclusão de que em um relacionamento amoroso, acima de tudo, é preciso amizade. Mas, seu raciocínio mais acertado acerca das coisas do coração se dá quando percebe que o seu grande amor esteve o tempo todo ao seu lado a espera de ser notado e de ser fazer acontecer.
Os pontos fortes do livro são as caracterizações dos personagens, os excelentes diálogos entravados e a própria Helen. A Helen é muito divertida. A sensação que tive foi a de receber as boas-vindas para entrar nos pensamentos de Helen e acompanhar cada detalhe de seus dilemas internos. Tudo isso confere veracidade ao enredo e oferece base de aproximação com essa ficção revestida de contornos reais e precisos.
A mensagem que fica é que amar envolve riscos. Tudo o que Helen quer, com toda gana, evitar. Esse sentimento de reserva encontra vestígios no passado, quando Helen era apenas Hélène. Antes de seu pai francês a ter abandonado. No transcorrer da leitura insere-se a dúvida: È Helen quem procura por amor? Ou é Hélène? Ela conseguirá seguir seus passos sob a sombra da perda de seu pai?
Destaque para a percepção acurada da autora acerca das relações humanas tanto familiares quanto amorosas.
Recorrente à obra lida, foram os meus pensamentos que insistiam em resgatar às sábias palavras de Mario Quintana que tudo tem a ver com a história:
"Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor."
4 comentários:
Humm, esse definitivamente é o tipo de romance contemporâneo que me atrai demasiadamente...
Valeu Vivi, adorei o comentário e a dica ;)
Bjs
Vivi,
Adorei o comentário...
E a poesia então.. Lushowww...
Bjosssssss
Adorei seu comentário. Esse livro parece ser muito interessante - buscar o amor e encarar os riscos de se amar. Obrigada por mais essa dica.
bjs
Oi Vivi,
como se não bastasse seu comentário, que é sempre gostoso de ler, ainda nos presenteia com essa mágica poesia... obrigada!
bjs
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