Em 1993, o grupo
norte-americano Nirvana fez uma única e célebre apresentação no estádio do
Morumbi, em São Paulo.
Um estudante de dezoito anos, guitarrista de uma banda de
rock e cumprindo o serviço militar em Porto Alegre , precisa decidir se foge do quartel
- o que o levaria à prisão - para assistir ao show ao lado da primeira
namorada.
A escolha ganha ressonâncias inesperadas à luz de fatos das décadas seguintes. Um deles é o suicídio de Kurt Cobain, líder do Nirvana, que chocou o mundo em 1994. Outro é o genocídio de Ruanda, iniciado quase ao mesmo tempo e aqui visto sob o ponto de vista de uma garota, Immaculée Ilibagiza, que escapou da morte ao passar 90 dias escondida num banheiro com outras sete mulheres.
Focado nos anos
No delicado entrelaçamento de seus temas, que evocam as particularidades de universos tão opostos quanto o mundo da música e um quartel, este é um livro sobre paixão: por uma pessoa, por um ídolo, por uma ideia, por uma época. E também pela vida, embora esta sempre cobre um preço de quem escolhe - quando se trata de uma escolha - experimentá-la com intensidade.
A Maçã Envenenada é o segundo livro da trilogia começado por Diário da Queda (que trata dos flagelos históricos e suas repercussões individuais). Não li o primeiro, mas, este livro dá pra ler independente do outro.
Não tenho muito costume
de ler livros de autores nacionais, e este me chamou atenção pelo título (doce
ironia). Trata-se de um livro de memórias de um estudante de 18 anos, que gira
em torno do suicídio de Kurt Cobain, genocídio em Ruanda, entre outros
acontecimentos da década de 90.
Destaco a narrativa das
obrigações com o serviço militar, em que sempre tive esta curiosidade como se
delineia esta fase para os nossos rapazes.
A Maçã Envenenada é um
livro muito interessante, pois, através da visão de um jovem estudante foi
possível reviver as minhas lembranças da década de 90, e descobri que tenho
muitas.
Michel Laub - Nasceu
E acesse o site do autor : http://www1.folha.uol.com.br/colunas/michellaub/
2 comentários:
Fiquei super curiosa pelo livro, principalmente por ter assistido essa apresentação do Nirvana! Nesse ano (93) o Hollywood Rock foi fantástico, pois além do Nirvana, teve Alice in Chains e L7. Um dos melhores shows que assisti!
Mas, falando do livro, fiquei curiosa por saber o que tem a ver o show com o massacre em Ruanda...
bjs
Oi Paty! Surpreendente!
Adorei a resenha, e a conexão aparentemente improvável entre uma banda de rock, um jovem brasileiro e o massacre de Ruanda.
Vai direto para a lista.
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