MONA LISA de Jeanne Kalogridis



Mais de uma década depois do assassinato de um mecenas da tradicional família Medici, a cidade de Florença cai sob a influência de um monge fanático, que destrói peças de arte e manda homens para a morte.





Meu nome é Lisa di Antonio Gherardini, embora os conhecidos me chamem simplesmente de Madona Lisa, e as pessoas do povo, de Mona Lisa.


Minha imagem foi gravada e pigmentos escavados da terra ou triturados de pedras semipreciosas e aplicados com pincéis feitos de penas de pássaros e do pêlo sedoso de animais. Eu vi a pintura. Ela não se parece comigo.


Olho fixamente para ela e, em vez de meu rosto, vejo os rostos de minha mãe e meu pai. Escuro, e é a voz deles, e testemunho, repetidamente, o crime que os uniu; o crime que os uniu a mim. Pois minha história não começa com meu nascimento, mas com um assassinato cometido no ano que o precedeu...



Abril, 1478. Giuliano de' Medici, irmão de Lorenzo, o Magnífico, chefe da mais poderosa família florentina, é brutalmente assassinado. A cidade se abala e, por toda parte, artistas renomados, como Michelangelo, lamentam a perda.


Dez anos mais tarde, o monge Savanarola inicia sua fervorosa pregação contra os princípios que regem Florença: o prazer na decadência e na destruição, a audácia na transgressão. E queima pinturas, livros e esculturas com a mesma facilidade com que manda homens para a morte.


É em meio a esse turbulento cenário que a jovem Lisa Gherardini, então com 12 anos, ouve a história do assassinato de Giuliano de' Medici, sem ter consciência de que é a chave para seu passado e seu futuro. Atraída para o círculo íntimo da família por sua paixão pelas artes, Lisa apaixona-se pelo sobrinho de Giuliano.


Mas, quando são obrigados a se separar, Lisa encontra apoio no protegido mais brilhante da família: Leonardo da Vinci. Nasce um romance empolgante de notas dissonantes: amor, e orgulho, ódio e assassinato.


Eu, Mona Lisa é uma intricada história de traição e perda, que apresenta explicações – tão evidentes como notáveis – para os mistérios que envolvem o famoso retrato de Da Vinci.



Demorei bastante na leitura deste livro, pois, a primeira parte do livro achei extremamente tediosa. E parava dias a leitura até retomá-la até onde eu aguentava ler. Mas como este livro estava em minha lista de desejos há anos, e gastei uma grana pra comprá-lo, persisti na leitura e fui surpreendida com a segunda parte. Simplesmente parecia outro livro e essa segunda parte vale por todo o livro. Então recomendo que tenham paciência aqueles que como eu não gosta de um livro com uma narrativa muito descritiva.


Então, Jeanne Kalogridis, criou um romance a partir de fatos históricos, e nos apresenta a sua versão para a pintura de Mona Lisa. Mona Lisa é a obra mais conhecida e notável de Leonardo da Vinci, e encontra-se exposta no Museu do Louvre em Paris.


Neste romance acompanhamos a vida de Lisa Gherardini, desde antes de seu nascimento, e este nascimento foi em meio a traições, conspirações e assassinato. Como disse, a trama toma fôlego quando Lisa aos 12 anos descobre as circunstâncias do seu nascimento, e também acaba se envolvendo com a poderosa família Medici.


A vida de Lisa a partir dos seus 12 anos sofre inúmeras reviravoltas, e ela passa a fazer parte de uma rede de intrigas, fanatismo, mortes e muita dor. Lisa uma moça que apenas queria viver com seu amado Giuliano, se vê envolvida em tramas políticas da medieval Florença, e terá que lutar pela vida daqueles que ela ama.


Em meio a tanto sofrimento Lisa, tem seu retrato pintado por Leonardo da Vinci, protegido dos Medici, e aí ao final descobrimos o porquê de Mona Lisa nos oferecer aquele sorriso introspectivo. É um romance bem fundamentado historicamente e a trama que a autora tece que culmina na pintura do quadro de Lisa é extremamente criativa e vale a pena ser lida.






13 comentários:

Flávia disse...

Que interessante!
Eu pelo menos sempre ouvi falar em Monalisa e nunca tive curiosidade de conhecer sua história.
Bjs

RUDYNALVA disse...

Oi!
Não tinha lido ainda nenhuma resenha desse livro e gostei muito, achei uma versão diferente da verdadeira história, bem legal!
cheirinhos
rudy

Leninha Sempre Romântica disse...

Ui que interessante!
Gostei do mote, saber uma verdade por trás de um sorriso.
ANOTADO!

Evelyn Chen disse...

Parece ser um bom livro, mas a parte tediosa do começo dá até coçeira, rs. Para falar a verdade fiquei interessada na parte que vc disse sobre descobrir o por quê do sorriso da MonaLisa introspectivo, afinal, não tem como não analisar o sorriso dela. Bjus

Juliana Vianna disse...

Uau, que legal! Fiquei bastante curiosa desde que vi o livro. Então, conforme ia lendo sua resenha, ia suspirando. Tudo bem, fiquei um pouco desapontada por ser chatinha a primeira parte, mas, se a segunda vale pelo livro todo, eu vou querer ler! ^^

Ótima resenha!

Beijos, Ju

aurelia disse...

Conheci Jeanne Kalogridis através de sua resenha sobre A Esposa Bórgia e me apaixonei por sua escrita,não resisti e comprei e li Eu, Mona Lisa talvez não seja tão bom quanto o primeiro mas gostei muito também.Adoraria que publicassem No Tempo das Fogueiras, li bons comentários sobre ele.
Bjs

Jeanne Rodrigues disse...

Paty,

não li nada da autora,apesar de ser minha xará.
Não sei se conseguirei prosseguir na leitura, parece ser enfadonho, mas se tiver em minhas mãos, tentarei.

Bjos,

Vivi disse...

Por isso, Paty, sinto peso no coração ao abandonar uma leitura. Vai que eu perco uma boa surpresa? Gostei de ler as suas impressões.
PS: Pensei na Jê quando vi o nome da autora...rs

Bjs

Anônimo disse...

Muitooo interessante este livro...gostei. Abraços.

Driza disse...

Oi Paty,

botou a pulguinha da curiosidade atrás da minha orelha heim!!

Qual será a verdade por trás do enigmático sorriso de Monalisa?? Estou doida pra saber.

bjss

Driza

Adriana disse...

Ah, que pena que o começo a leitura é tediosa, isso muitas vezes me faz desistir de ler um livro, mas a história em si parece boa, quem sabe um dia eu lerei, bjo!

mariana disse...

Oi, esse livro tá na minha listinha há um tempo, não comprei porque vi muitas críticas ruins sobre ele!Mas lendo sua resenha, ele voltou a ficar interessante!Com certeza vou le-lo!

Anônimo disse...

Hum, a história parece interessante. Se for como o livro Papisa Joana (que não tem nada de catolicismo) no quesito surpresa, o livro é bom. Por se passar numa cultura totalmente diferente, os autores tendem a descrever "muito" sobre como era e por vezes isso se torna chato. Mas se a segunda parte puxa mesmo o SUSPENSE prometido...

Bjs

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