Undercover de Lauren Dane


Como Tenente do Corpo Militar da Federação, Sera Ayers está mais acostumada a dar ordens do que recebê-las. Agora, ela deve obedecer ao homem que não suporta – e em quem não para de pensar.

Com os inimigos imperialistas ganhando terreno, um novo time de operações secretas é formado por Ash Walker. Dez anos atrás, Sera havia apaixonadamente se submetido à dominação de Ash no quarto. E quando ele foi forçado a um casamento político, ela escolheu abandoná-lo a se tornar sua amante. Mas o casamento dele está acabado, e Ash quer Sera em sua equipe… e de volta a sua cama.

O terceiro membro do grupo, Brandt Pela, tem uma elegância que se iguala à selvagem sexualidade de Ash. E, quando o plano de disfarce deles exige que Sera passe por amante de Brandt, isso gera uma paixão entre os três mais perigosa do que a própria missão…

Essa é minha estréia no sub-gênero de romance erótica sci-fi. Eu, particulamente, gosto de ficção científica, apesar de ler muito pouco atualmente. Posso dizer que gostei da junção desses dois gêneros e achei que Lauren Dane fez um bom trabalho.

Vou começar falando do que mais gostei, que foi a construção do universo onde se passa a história. Há as famílias, que são como os nobres da idade média: têm o controle sobre tudo, são fechadas e cheia de regras e normas e dificultam a ascenção social dos demais cidadãos. Há os militares, que lutam numa guerra contra os Imperialistas e há os cidadãos comuns que vivem e lutam e trabalham.

Ash Walker é o segundo filho da poderosa família Walker. Por lei, os dois primeiros filhos precisam de permissão dos chefes das famílias para se casarem e, geralmente, fazem casamentos políticos e de conveniência. Ele é apaixonado por Sera, mas devido a essas regras, ele é obrigado a se casar com Kira Pela. Ele oferece a Sera o posto de amante (que é como um casamento, inclusive com reconhecimento legal dos filhos que nascerem dessa união, mas não tem o mesmo status de esposa…) que é recusado.

Sera, depois de abandonar Ash super magoada e sem compreender o que ocorreu entre eles, entra para o Corpo Militar, onde sobe de posto a posto por mérito próprio. Até que um dia, o destino (Ash deu uma forcinha, claro) a coloca frente a frente com o homem que odeia – e ainda ama mesmo se recusando a reconhecer. Como é militar, Sera não pode recusar a transferência para a equipe de Ash e Brandt e se vê tendo de trabalhar, e o pior, conviver com eles.

Está havendo um grande número de baixas de cidadãos da Federação em ataque a postos avançados feito pelos Imperialistas. A missão de Ash, Brandt e Sera é ver como os inimigos estão tendo acesso a essas informações secretas e entregar os responsáveis pela traição à justiça. Ash ainda tem uma outra missão: reconquistar Sera e provar que só fez o que fez por ter sido obrigado. Ambas as missões são bem difíceis…

Os três partem para o planeta Nondal – uma sociedade patriarcal, onde Sera precisa se disfarçar de concumbina de Brandt para poder participar das reuniões sociais dos homens ricos e assim ouvir as conversas e ir identificando os suspeitos. Outro ponto a ser destacado é a divisão entre esposa / amante / concumbina – e o modo como as mulheres são tratadas de acordo com o status que possuem. Achei bem surpreendente essa divisão e só mostra como Lauren realmente se aprofundou na criação social dessa obra!

Conforme as investigações vão prosseguindo e as pistas vão sendo seguidas e o suspense vai crescendo, o relacionamento dos três também vai se complicando e se fortalecendo. Para continuar com o disfarce de serem dois playboys inconsequentes e irresponsáveis, Brandt e Ash começam um jogo onde partilham a atenção de Sera – e o envolvimento entre eles vai ficando sério a ponto de eles realmente decidirem investir nessa relação a três.

E é aqui que se chega na parte que menos gostei na história: acho que esse relacionamento a três foi um tanto forçado demais e, pelo menos para mim, não funcionou muito bem… Gostei de ver como Sera foi entendendo que Ash não tinha (e ainda não tem) autonomia para poder ficar com ela. Compreeder que para o bem estar de todos os que dependiam da união entre as famílias Walker e Pela, Ash teve de se casar com Kira (que por sinal é irmã de Brandt). Gostei também de ver o modo como a vida de Ash era um vazio sem tamanho sem a presença de Sera e o modo como foram se redescobrindo e a vida foi voltando a ter alegria e prazer. Mas a presença de Brandt, mesmo tendo sido aceita e querida por Ash e Sera, foi um elemento que me desagradou. E era um tal de toda a hora os personagens reforçarem o quanto se amavam e estavam felizes os três juntos, que acho que eles também estavam desconfortáveis e precisando constantemente se lembrar disso…

Mas ainda assim, considero o livro bom e pretendo seguir a série e ver como ficará essa guerra entre federação e imperialistas.

4 comentários:

Dani disse...

Nossa Regina, tenho que admitir que eu nunca tinha ouvido falar em romance erótico de ficção científica... rs... Não sei bem se é a minha praia, sem falar que é raro encontrar uma história que trate de menage e que me convença de seu funcionamento confortável...
Estou fazendo um teste no mundo dos blogs tbém, não sei se vai rolar, vou testar por um mês ou dois, fiz o primeiro post ontem e gostaria da tua opinião de expert... =) www.delicinhade.blogspot.com Se não for incômodo passa lá e dá uma olhada, vou adorar a tua opinião. Dani

Regina disse...

Oi Dani!

Pois é, menina! Eu gosto muito dessa autora - acompanho a série Brown Siblings dela - e resolvi ver como funcionava esse negócio de Erotica Sci-Fi. Bem interessante...

Adorei seu blog! Já estou seguindo! Muito sucesso para vc!

bjs

Jeanne Rodrigues disse...

Rê,

Acho que esse eu passo, por enquanto.

Vou esperar que vc comente os proximos da série.

Bjos,

karyne disse...

Flor........Olá

pela resenha eu vou amar esse livro. Nunca li nada parecido, mas vou me aventurar.kkkkkkkk

bjs

ka

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