Homenagem a Saramago


Ensaio sobre a Cegueira é história de uma pandemia incomum: a cegueira branca. A doença inicia em um homem e se espalha a todas as pessoas com quem ele teve contato. O Governo decide então isolar os afetados em um manicômio. Logo se verifica que contágio supera todas as medidas de prevenção que são tomadas.
Um única pessoa é imune a cegueira, a mulher de um oftalmologista. E é através dela que se percebe a deterioração, tanto física como psicológica, dos pacientes no manicômio.
Dentro do manicômio, falta comida porque soldados com muito medo não abastecem como deveria o manicômio e porque cada vez aumenta o número de pacientes no local. A higiene do local é precária e cada vez pior e, com isto, aumenta a cada dia a violência e o egoísmo entre os isolados.
Quando a cegueira atinge proporções enormes do lado de fora do manicômio, a mulher do oftalmologista conduz o seu pequeno grupo de cegos para fora do hospital.
A cidade está imunda e totalmente diferente de quando foram isolados e há um salve-se-quem-puder global, em busca de comida que parece ter desaparecido com assim como a visão dos atingidos. 
Depois de buscar familiares e amigos sobreviventes à cegueira, a mulher do oftalmologista leva o grupo para a sua casa, onde passam dias esperando uma cura que parece impossível. Só então, depois de muito sofrimento, que o primeiro cego descobre com alegria a volta de sua visão. Um a um, na mesma ordem em que foram contagiados, os cegos voltam a ver.
Livro forte e crítico como toda obra de Saramago, transformou-se em um filme nas mãos de Fernando Meirelles (com Julianne Moore, Danny Glover, Mark Ruffalo e Alice Braga).
José Saramago, maior escritor de língua portuguesa do último século, foi ganhador do Nobel de literatura de 1998 e morreu hoje em decorrência de uma leucemia que lhe minou as forças nos últimos meses, em Lanzarote, nas Ilhas Canárias.
Escritor, dramaturgo, jornalista, poeta e comunista (não necessariamente nesta ordem, era polêmico e genial. Viveu um grande amor com Pilar, sua esposa 30 anos mais jovem, que esteve ao seu lado até o fim.
A literatura perdeu um genial escritor. Portugal, os países de língua portuguesa, o mundo, perderam um ícone. E, palavras de Fernando Meirelles, “o mundo ficou mais burro e cego”.

2 comentários:

Driza disse...

Nunca li nada de Saramago, mas tenho conhecimento do sucesso de suas obras. Uma perda enorme com certeza.
Viva Saramago.

bjs

Liliana disse...

Também nunca li nenhum livro dele, mas já vi algumas citações lindas.

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