A jovem Florence e seu irmão mais novo Giles crescem nos corredores de uma decadente mansão na Nova Inglaterra, deixados à mercê de criados e regras ditadas por um negligente tio, que jamais viram. Até que Florence passa a se interessar por um lugar abandonado: uma biblioteca fechada e empoeirada, que lhe é proibida. Um mundo de livros maravilhosos, que a determinada jovem insiste em habitar, mas que precisa ser mantido em segredo, não importa o preço.
Após a morte violenta da preceptora de Giles, srta. Taylor, sua substituta, chega à mansão e estranhos acontecimentos parecem despertar em Florence um medo sobrenatural: afinal, quem é, de fato, a nova preceptora?
A menina que não sabia ler é uma obra contemporânea, escrita por John Harding e sob influência dos maiores mestres do mistério de todos os tempos: Edgar Allan Poe e Henry James. Neste verdadeiro vira-páginas o leitor acompanha a história narrada pela própria Florence e, uma vez em sua mente, como separar o que é real do que é invenção?
Ler esse livro é como ir montando um grande quebra-cabeças – Florence vai nos dando as peças, mas não nos deixa ver direito que figura está se formando… até o final, que é maravilhoso e intenso!
Duas crianças órfãs criadas por empregados numa mansão decadente, Florence e Giles são muito ligados e Florence cuida do irmãozinho muito bem. Até que, em um dia de exploração, eles descobrem uma biblioteca. Os livros fascinam Florence, mas a Sra. Grouse, governanta da casa, diz que o tio deles – e guardião legal, apesar de ausente – não quer que ela seja alfabetizada. Mas Florence é uma criança determinada e decide que vai aprender a ler sozinha. E consegue! Os livros passam a ser seus melhores amigos, depois de Giles, é claro. Seus autores preferidos são Shakespeare (com quem ela aprende a inventar palavras e cria algumas maravilhosas) e Poe (de quem pega o clima gótico na hora de narrar e vai conduzindo a história num crescendo, até o final absolutamente assombroso!)
Para quebrar a solidão dos dois, eles fazem amizade com Theo, um rapaz que vem passar as férias na propriedade vizinha e se torna um verdadeiro companheiro para Florence quando Giles vai para a escola. Theo sofre de asma e o ambiente do campo é melhor para sua saúde, por isso ele está sempre por perto.
Giles não se dá bem na escola, então seu tio contrata uma preceptora para ensiná-lo em casa. Srta Whitaker e Florence se estranham e a jovem professora acaba morrendo afogada em um acidente bem confuso. Chega então sua substituta, srta. Taylor. Desde o princípio, Florence fica desconfiada dela, achando que ela quer sequestrar Giles. É quando começa a acontecer coisas estranhas…
Como é Florence a narrar a história, não sabemos o que é imaginação dela e o que é realidade – e isso é o fantástico do livro! Florence nos dá algumas pistas e daí vamos construindo o quadro, mas tem coisas que nós, leitores temos de inferir, pois as respostas não são tão claras.
Adorei o livro pois Florence é uma personagem marcante. Super inteligente, ela é dissimulada, mas ao mesmo tempo muito amiga e protetora de Giles. Ela é um poço de contradições e a gente fica sem saber se a ama ou a odeia ou a teme…
9 comentários:
Regina,
Já vi esse livro nas livrarias, e coloquei na lista. Seu comentário me instigou ainda mais, pois aprecio muito as leituras que transitam entre realidade e imaginação.
Bj
Ai, ai... Eu quero!
Bjus,
Náh
Quando vi a capa desse livro e a sinopse em uma revista de loja de livros logo comecei a salivar por imaginar essa história...
eu já li e adorei
vocês sabem se vai ter continuação?
Sobre a construçaõ dos personagens é incrível.A gente não sabe se teme, odeia ou compadece de Florence. Sem dúvida o livrotinha tudo para dar uma boa HISTÓRIA. Porque mesmo tendo personagens marcantes, a história em si é muito louca e fraca. Baseada numa desconfiaça nada interessante o livro perpétua um draminha fracom e sem sentido.
Não quero ser má, mas quando o livro é bom eu comento e recomendo.
Este aí eu não gostei, não mesmo.
o.b.s. Sobre o título: não fui a única a dizer a mesma coisa na blogosfera sobre o título. Prefiro o original!
Gostei da resenha. Agora só falta eu ler, rs.
Eu li, achei nota 6,5 porém, sinceramente, não sei onde tem romance HISTÓRICO nesse livro... que parte da história é narrada junto com o romance? Que personagens verdadeiros aparecem no livro? Desculpe-me gente, mas não é um romance histórico, é apenas um romance. ;)
Olá Ateliê
O conceito de Romance Histórico tem a ver com romances que não são contemporâneos, ou seja, se passam numa época diferente da atual e não tem nada a ver com História e Personagens Históricos.
Considerei o livro como Romance HIstórico pelo fato de o tio não querer que Florence fosse alfabetizada, coisa impensável já há muito tempo e, portanto, não podendo ser considerado contemporâneo e sim de uma época passada.
bjs
Esse foi um dos livros que escolhi da Lua de Papel quando ganhei o concurso de resenhas!
Está na pilha para ser lido!
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