Desafio Literário - Abril


PAULA de Isabel Allende

Sinopse: "Parece que dando forma a esta devastação poderei ajudar você e me ajudar." Assim, Isabel Allende inicia Paula, o emocionante relato que se tornou a autobiografia de uma das mais populares e aclamadas autoras latino-americanas do século. Escrevendo o livro para sua filha, "para que quando desperte do coma conheça sua história e de sua mãe", Isabel Allende, ao saber que ela jamais voltaria à consciência, continuou escrevendo simplesmente "porque já não podia mais parar". O resultado é um livro mágico que carrega o leitor das lágrimas ao riso, do terror à sensualidade e ao encantamento. Paula são as memórias da autora, onde experiências pessoais e acontecimentos políticos se unem em torno de sua trágica perda. Mantendo um estilo que tornou famosos seus livros anteriores, a narrativa oscila entre o formato dirigido ao leitor e uma "carta" destinada à própria filha.


Desde o seu lançamento sempre tive muita vontade de ler este livro, mas, nunca aconteceu o momento certo para ler uma história que só pela sinopse já me comovia, então, quando proposto um autor latino-americano (a) no Desafio Literário, coloquei “Paula” na minha lista, e enfim, realizei o meu desejo de lê-lo.

Como já sabia foi uma leitura comovente e emocionante, passei por vários estágios, como o de alegria e de muita tristeza com as passagens e os personagens apresentados pela autora.

Isabel Allende, que teve sua filha Paula internada em dezembro de 1991 em um hospital da Espanha, gravemente enferma de uma doença, chama Porfíria. A escritora então resolver incentivada por algumas pessoas escrever durante os meses em que acompanhou o sofrimento da filha, em um coma irreversível, uma carta que , seria lida por Paula, quando ela despertasse, nesta carta, a autora narra os dias em que se encontrava no hospital cercada pela família, como também, conta os segredos mais íntimos e a história de sua família, desde a infância de Isabel.

Isabel desnuda a sua alma em um momento tão aterrador e nos premia com um livro de memórias apaixonante. O livro é muito bom, mesmo, que tenha sido feito a partir de uma tragédia, e isso para mim, em alguns momentos me trouxe o desconforto em já saber o desfecho dele.


Isabel Allende Llona (Lima, 2 de Agosto de 1942) é uma jornalista e escritora chilena atualmente radicada nos Estados Unidos da América.

Filha de Tomás Allende, funcionário diplomático e primo irmão de Salvador Allende, e de Francisca Llona. Isabel é considerada uma das principais revelações da literatura latino-americana da década de 1980. Sua obra é marcada pela ditadura no Chile, implantada com o golpe militar que em 1973 derrubou o governo do primo de seu pai, o presidente Salvador Allende (1908-1973). Escreveu A casa dos espíritos (1982) e ganhou reconhecimento de público e crítica. A obra é filmada em 1993 por Bille August, com Jeremy Irons e Meryl Streep. Em 1995 lança o livro Paula, que a autora escreve para a sua filha que está em coma devido a um ataque de porfiria. Como a autora não sabia se a memória voltasse após a saída do coma, Isabel Allende resolve contar a sua história para auxiliar a sua filha a lembrar dos fatos. Paula passa a ser então um retrato auto-biográfico. Sua filha não volta do coma e morre um tempo depois.



18 comentários:

Bia Carvalho disse...

Juro que, apesar de acreditar que deve ser um livro lindo, não sei se teria coragem de lê-lo, especialmente nesse momento da minha vida em que ando tão emotiva.
De qualquer maneira, acredito que deve ser maravilhoso e emocionante.

Bjs

Anônimo disse...

Li Paula em um momento doloroso da minha vida.Um momento que estava passando por uma dor muito grande e o livro que por si jé é muito comovente, mexeu ainda mais com as minhas emoções.
Fiz essa leitura em Janeiro de 1997 e certamente irei reler o mesmo.
Por incrível que pareça eu estava com ele na mão no momento em que passei aqui.
Um livro, sem dúvida, espetacular!
Beijos
Yoyo

Sandra Dias disse...

Este foi um dos primeiros livros que li da Paula Allende e li-o ainda muito nova.
Sempre foi um livro que me chocou e me tocou profundamente.
Adorei-o e acho que é um livro intemporal.
Bjinhos
Sandra do blog Vidas Desfolhadas

Aline Maziero disse...

Oi Patrícia,
tbm li esse livro para o desafio, e ele me tocou mto profundamente. O fim é previsível e isso acaba nos tornando mais lentos na leitura. Adorei sua resenha tbm, esse já é um dos favoritos!

Leitura Nossa disse...

O livro parece ser muito bonito e comovente... acho que precisa estar no clima certo para curtir a leitura e deixar se emocionar, mesmo sabendo do fim trágico que aguarda...
Adorei a resenha, foi igualmente tocante...

beijos,
Dé...

Carla Martins disse...

Eu li Paula e Cartas à Paula....lindos, né? Tem a resenhas deles lá no Leitura...depois passa lá pra ver.

Flor.....publiquei a terceira parte da entrevista! uhuuuu

Adorei seu comentário lá no blog, viu?

beijos!

Érica Ferro disse...

Ai, apesar de serem livros tristes, mas são comoventes e belos (em certas passagens), eu gosto.
Preciso ler.

Cíntia Mara disse...

Paula era minha opção reserva para o desafio. Escolhi de tanto ouvir falar, mas o livro em si não me atraiu muito.
Ainda tenho curiosidade de ler, provavelmente vou ver mais resenhas dele por aí, talvez anime ainda este mês.

Beijos

Narinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Narinha disse...

Paula foi o primeiro livro de Isabel que li e me emocionei como nunca. Ser mãe é sagrado e ela mostra exatamente isso. Muito lindo.

PS: Amei a resenha. Xeru.

Nara disse...

Ai, esse livro deve ser lindo... apesar de triste.
Sem dúvida, lerei!
Bjs! ;)

Driza disse...

Oi Paty,
sabe que eu já tive esse livro em mãos? Mas achei que não era o meu melhor momento para lê-lo.
Só que agora sua sinopse reacendeu a curiosidade.

bjs

Driza

Jeanne Rodrigues disse...

Paty,

Nao sei se tenho estrutura emocional para ler esse livro.

Quem sabe mais pra frente?

Parabens pela ótima resenha.

Bjos,

Vivi disse...

Oi, Paty! Belíssima resenha. Muito tocante. Escolhi-o como reserva, mas preciso de forças para lê-lo.

Beijocas
Vivi

Laura disse...

Ótima resenha, mas realmente, após ler essa e a outra resenha do mesmo livro definitivamente esse não é um momento bom em minha vida para ler um livro desses! rsrsrsrsr

Abraço!

Caline disse...

Sua resenha ficou muito boa, parabéns.
Já ouvi maravilhas sobre Isabel Allende, mas como algumas outras meninas falar acima, acho que não estou no estado de espírito certo para ler Paula. Ele é profundo demais e tem que ser lido no momento certo.
Posso não arriscar lê-lo agora, mas ele vai contar na minha lista para uma leitura futura.

Bjoo.

Fernanda Assis disse...

Ótima resenha, adorei :)

Eu ainda não li Paula, mas amo os livros da autora.
O meu do desafio foi Eva Luna mas sou fã de carteirinha e ja reli várias vezes foi A casa dos Espíritos.

Este parece ainda mais triste que os outros, estou até com medo, vou me debulhar em lágrimas rsrs

bjoo

C. Vieira disse...

Quanto mais perto da alma, mais o livro nos desperta emoção. Acho que este livro poderia ser descrito assim. E, em breve, espero lê-lo, sob sua indicação, claro!


Grande abraço para ti, Patricia!

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