The Iron Hunt de Marjorie M. Liu

Fumaça prateada se enrosca ao redor de meu torso, descascando-se de minhas costelas e costas, roubando a névoa escura que cobre minhas mãos e extremidades inferiores… tatuagens se dissolvendo em demônios, aglutinando-se em pequenos corpos escuros. Meus meninos. Os únicos amigos que tenho no mundo. Demônios.

Eu sou uma caçadora de demônios. Eu sou um demônio. Eu sou Hunter Kiss.

Durante o dia, suas tatuagens são sua armadura. À noite, elas descolam de seu corpo e tomam a própria forma – demônios da carne, transformados em carne. Essa é a única família que a caçadora de demônios Maxine Kiss sempre conheceu. É a única maneira de viver, e o modo como morrerá. Porque um dia, seus demônios a abandonarão por sua filha para assegurar a própria existência – deixando Maxine sem ajuda contra seus inimigos.

Mas essa é a vida da última protetora da Terra – a única a ficar entre a humanidade e os demônios que estão escapando do véu da prisão. É uma vida onde falta amor, jubilando-se na morte, até um momento – e um homem – mudar tudo…

Marjorie M. Liu foi uma das boas descobertas que fiz ano passado. Você pode ler a respeito aqui.

Esse livro estava em minha pilha já há um ano e eu sempre o deixava de lado – tantos livros, tão pouco tempo… Resolvi parar de fugir e ver como estavam Grant e Maxine. Meu medo, acho, era descobrir que ela o havia abandonado. Mas não. Eles continuam firme e forte e com a mesma doçura e companheirismo de que me lembrava.

Essa é uma história sombria, cheia de segredos e reviravoltas. Já sabemos que Maxine é uma caçadora de demônios e responsável pela prisão onde eles foram desterrados depois de uma guerra “cósmica”. Ela é a última de sua linhagem. Uma linhagem de guerreiras que carregam os meninos (já falei que adoro os pequenos demônios?) e que passam seus dons e conhecimentos para as filhas. Nunca se falou de um “pai” – somente mãe, avó e incontáveis ancestrais femininas.

A barreira foi rompida e algo passou para nosso mundo. Algo tão terrível que até os demônios que ficam mais próximos ao véu e seguem a rainha Blood Mamma estão assustados. Maxine tem de enfrentar esse ser e recebe ajuda e também é atrapalhada no decorrer do caminho. A única constante em sua vida é Grant e o amor que compartilham.

Neste livro surgem novos personagens. Um deles é Jack, um arqueólogo já idoso e que se revela avô de Maxine, mas com tantos segredos e mistérios que não se sabe se ele veio ajudar ou atrapalhar. Outro personagem importante é Byron, um menor de rua também muito misterioso e que Maxine resolve ajudar. Há também Oturu, um demônio caçador e que ajudou uma das ancestrais de Kiss, e Tracker, esse tão misterioso que nem sei se é demônio, homem ou alguma outra coisa.

Tracker também teve algum relacionamento com uma ancestral de Maxine (ela teve deja vu dos dois lutando lado a lado), que o vendeu a Oturu. Por isso há muito ódio da parte dele contra a Caçadora. Mas teve horas que temi pela formação de um triângulo amoroso, pois ele foi descobrindo que Maxine é muito diferente das mulheres da família e ele e Grant sempre se estranhavam quando estavam próximos.

Não foi um livro que consegui ler rapidamente. A narrativa em primeira pessoa e a linguagem bela e consistente e suave de Marjorie fizeram com que cada parágrafo, cada capítulo tivessem de ser lidos com calma e cuidado. E, por ser no estilo Urban Fantasy, ainda muitas perguntas ficaram sem respostas e muita curiosidade ficou no ar… Resta prosseguir com a série. O próximo volume já está comigo – Darkeness Calls – e não vou levar um ano para lê-lo.

5 comentários:

Jeanne Rodrigues disse...

Rê,

Mais um que não tem por aqui...
E dos bons...

Bjos,

Carla Martins disse...

Olá!!! Tudo bem?

Passando pra desejar uma boa semana (de sol, uhuuu) pra vc!

beijos!

Julianna Steffens disse...

Pena que este não tem em português ainda, e pedir livros em inglês é sempre uma novela, no mínimo 30 dias de espera =O(

lili disse...

Sublinho as palavras da Julianna Steffens. Uma pena não ter em português... Fico na vontade!

Beijos Rê!!!
Lili

Vivi disse...

Olá, Rê!

Eu ainda me considero uma iniciante em leituras do genêro. E, por isso, admiro o seu conhecimento vasto sobre o tema. Esse conhecimento avaliza sua opinião, acredito que, tanto para mim quanto para os leitores do blog. Eu fico aqui só anotando as dicas, na esperança de um dia conseguir ler tudo o que se encontra na esfera da pretensão.

Beijos

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