'Eu não te amo mais'.
Essa é a frase que Jolene Zarkades ouve de seu marido Michael no dia em que completa 40 anos de idade, e prestes a ser convocada para a Guerra do Iraque. Como essa mulher que bravamente superou seu passado doloroso poderá superar a separação das suas filhas, e de seu marido, e ainda enfrentar uma zona de guerra feroz?
Eu vou contar para vocês: ADOREI esse livro. CHOREI potes e potes. LI em uma semana, não conseguia largar essa história que me fisgou de verdade.
Jolene é uma mulher guerreira. Uma amiga fiel. Mãe e esposa dedicada, mas também um membro do exército americano, pronta para o combate.
Eu realmente nunca tinha parado para pensar nessas guerras modernas, na dor da separação, na dificuldade em ter notícias de casa, via e-mail e telefone, e ao mesmo tempo não poder estar lá. E pior, saber que você poderá estar morta a qualquer momento.
Esse livro não só me fez pensar nessas pessoas que saem de suas casas para defender seus países, ainda que os motivos do conflito possam parecer, para nós, um tanto estúpidos, mas também sobre as famílias que sofrem com a ausência de notícias, e na sempre presente dor da perda.
Eu, como o Michael, marido da Jolene, sempre fui contra à Guerra do Iraque, e deixei que essa posição me fizesse esquecer que estavam sendo jogadas vidas em conflitos, sejam as americanas, sejam as iraquianas.
A história é maravilhosa.
Conta como essa mulher vai para a guerra, deixando em casa suas duas filhas, uma de 4 anos e outra adolescente (com seus 12 anos), com seus medos e dificuldades, e deixando também seu marido, que está tão perdido, que não sabe mais o que pensa da vida, e o que é realmente importante. Todos eles precisarão aprender a conviver sem Jolene, a resolver questões duras dia a dia. E Jolene precisará sobreviver, e voltar para casa inteira.
Será?
Será que é possível retornar inteira de uma guerra? Mesmo que fisicamente estejam inteiros, os combatentes sempre deixam algo para trás. Esse o outro ponto que eu não tinha pensado. Realmente qualquer conflito nos modifica, estar então numa zona de guerra é estar em constante mudança. E mais, por tanto que se volte são, os que não retornaram sempre estarão conosco, na culpa, na tristeza, na saudade...
Como reconstruir?
Como esquecer os horrores? Como se readaptar à vida comum? Como lidar com a dor? Como compartilhar os horrores?
Kristin Hannah conseguiu me colocar em xeque. Escreveu uma história linda, de amor, de superação, de amizade, de carinho e companheirismo, mas também de força de vontade.
Eu comecei com uma frase que a Kristin colocou na boca do Michael, e termino com outra:
'Tenho muito orgulho de você'...
5 comentários:
humm, fiquei com vontade de ler!
Dá uma sensação de conforto...parece que está friozinho e chovendo lá fora e aqui dentro tão quentinho, com um chá e um bom livro!
Beijos e obrigada por esse blog maravilhoso!
Bibi
Adorei a resenha! Já li alguns romances sobre soldados que vão para a guerra e deixam a família para trás. Agora imagino que para uma mulher seja bem mais difícil mesmo...
Essa é uma autora que tenho de conhecer!
bjs
Olá, Adriana!
Eu também adorei esse livro! No primeiro dia que peguei para ler, tive que me forçar a largá-lo às quatro horas da manhã, senão não conseguiria trabalhar no dia seguinte!
Essa é uma autora que compro os livros sem ler a resenha, todos que li até agora são maravilhosos!
Adorei a sua resenha!
Bjs
Pelo que vejo esta autora em o dom de emocionar, uma pena que eu ainda não conheça pessoalmente seu trabalho.
Bjs, Rose.
Olá Adriana, que história forte e com certeza comovente. Gostei muito da sua resenha. Colocando o livro rapidamente na minha lista de desejos. Bjs!
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