O Espelho Negro - As Crônicas de Bridei I

O Espelho Negro é o primeiro livro da saga As Crônicas de Bridei, que é narrado no reino dos Pictos (na Escócia), em meados do séc. VI, descrevendo o percurso desde a infância até à maturidade do jovem Bridei, criado pelo poderoso druida Broichan que tem como missão ensiná-lo e prepará-lo nas artes da guerra e da erudição. Bridei, será testado tanto no mundo dos homens como no mundo mágico dos Good Folir, em uma guerra desleal onde a confiança e a traição são separadas por estreitos caminhos por onde ele passará.

Bridei muito cedo aprende a conviver com o medo e a solidão. Mas quando acorda no meio de uma noite de inverno gelada e encontra uma criancinha na soleira, recolhe-a e agradece aos deuses essa dádiva de uma companhia, o que definitivamente vai determinar o seu futuro... Atrapalhando os planos de seu pai adotivo o druida Broichan e seus conselheiros, pois aquela criança nada mais é que uma filha dos Good Folir (os Boa Gente) que vive não somente no mundo dos homens e que faz as suas próprias regras, conforme seus interesses e necessidades. Mas nem Bridei e a menina Tuala estão dispostos a escutar a voz da razão e um forte sentimento de proteção e amizade logo se enlaça, formando-se mais tarde não mais aquele sentimento que se tem entre irmãos, mas num amor que um homem e uma mulher sente...

Juliet Marillier nos apresenta um poderoso romance sobre dever, destino e desejo. Com suas soberbas descrições e desenvoltura, o leitor viaja em um mundo simples e ao mesmo tempo complexo, onde as florestas e seus grandes lagos muitas vezes escondem a sua própria força e magia.

Os personagens com suas características expressivas tão peculiares, são sem dúvida nenhuma o destaque deste livro. Juliet nos descreve em várias formas o amor, a amizade, a lealdade, a tolerância e a compreensão, comprometidos por uma força maior, totalmente transcendentes. Há certas coisas em nossa vida, que muitas vezes não se tem como se expressar somente em palavras, exatamente por serem sentimentos tão puros e imaculados, mas Juliet Marillier com toda sua maestria conseguiu exatamente retratá-los!

2 comentários:

Vivi disse...

Lili,

Você ainda tem que fazer uma tese de doutora sobre a autora e seu universo mítico. Já achei outra especialista aqui no blog. ;)

lili disse...

Obrigada Vivi :)
Mas estou caminhando, tenho muito ainda que aprender. A escrita é um exercício diário, mas um dia chego lá, aprendendo com vocês e com esse maravilhoso mundo literário:

“Que é que eu posso escrever? Como recomeçar a anotar frases? A palavra é o meu meio de comunicação. Eu só poderia ama-la. Eu jogo com elas como se lançam dados: acaso e fatalidade. A palavra é tão forte que atravessa a barreira do som. Cada palavra é uma ideia. Cada palavra materializa o espírito. Quanto mais palavras eu conheço, mais sou capaz de pensar o meu sentimento.”

Clarice Lispector

Bjs
Lili

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